COMÉRCIO ELETRÔNICO. IMPACTO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS

Propósito. A bússola da vida
PROPÓSITO. POR QUE VOCÊ EXISTE
25 de janeiro de 2024
Realidade virtual. Chegou para ficar
REALIDADE VIRTUAL E AUMENTADA NA GESTÃO DE PESSOAS
27 de janeiro de 2024
Comércio eletrônico. O mundo em transformação

O que faz a diferença

Comércio eletrônico. O mundo em transformação
O que faz a diferença

Comércio eletrônico começou como algo assustador e temerário, que chegava junto com algo igualmente desconhecido e inovador: a internet.

Muita gente falava disto sem ter noção exata de como aquilo funcionavam, muito poucos se atreviam a experimentar a novidade e muito menos ainda se dignavam a fornecer seus dados para uma plataforma que não conheciam e nem confiavam.

O início do comércio eletrônico foi difícil e permanece em constante construção, embora hoje seja uma realidade muito melhor aceita e a maioria das pessoas já possui hábitos de aquisição através das ofertas digitais no novo mundo da internet.

A internet veio para ficar e se consolidou na vida de todos os habitantes da Terra e o comércio eletrônico seguiu este rastro, se estabelecendo fortemente na preferência da maioria das pessoas.

Portais com maior credibilidade não param de crescer e as vantagens em preços e condições de compra também vão tornando a experiência cada vez mais segura e positiva para quem experimenta.

No conteúdo de hoje vamos conhecer a realidade do comércio eletrônico nos dias atuais, a caminhada para chegar até aqui e as tendências para o futuro de curto, médio e longo prazos…

Comércio eletrônico. Como tudo começou

O início
Onde tudo começou

Comércio eletrônico, ou e-commerce, é a atividade de comprar e vender produtos ou serviços pela internet.

Esta modalidade de comércio surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, como uma forma de trocar arquivos e pedidos entre empresas.

O primeiro sistema de compras online foi criado pelo inventor inglês Michael Aldrich, em 1979, usando uma linha telefônica e um televisor adaptado.

No Brasil, o e-commerce chegou na década de 1990, acompanhando a evolução da internet no país, que começou com as conexões discadas de baixa velocidade.

Neste contexto, os primeiros passos do comércio eletrônico foram dados por empresas que já tinham experiência com vendas por catálogo ou telefone, como a Brasoftware, que lançou o seu site em 1996, e a Magazine Luiza, que criou terminais multimídia em suas lojas físicas, em 1992, para que os clientes pudessem realizar as compras com a ajuda de vendedores.

A primeira loja virtual brasileira, no entanto, foi a Booknet, uma livraria fundada em 1995 por Jack London, que vendia livros pela internet e aceitava o pagamento na entrega.

Em 1998, a Booknet foi comprada pela GP Investments e, no ano seguinte, foi reinaugurada como Submarino, um dos maiores nomes do e-commerce nacional até hoje.

O ano de 1999 foi marcado pelo surgimento de outros players de grande porte, como a Americanas e o Mercado Livre, que também se tornaram referências no mercado online.

Este foi também o ano da bolha da internet, um fenômeno que ocorreu devido aos investimentos descontrolados e às expectativas irreais sobre os ganhos no ambiente online.

Muitas empresas que nasceram nessa época não conseguiram se sustentar e fecharam as portas antes mesmo de colocar o site no ar.

As empresas que sobreviveram à bolha aprenderam com os erros e buscaram novas formas de se diferenciar e se adaptar às necessidades dos consumidores.

Neste sentido, surgiram os primeiros comparadores de preços, como o Bondfaro e o Buscapé, que ajudaram a descentralizar o e-commerce, que até então estava concentrado nas mãos de grandes lojas.

Ali também surgiram os primeiros marketplaces, como o Mercado Livre e o eBay, que permitiam que vendedores e compradores se conectassem diretamente, sem intermediários.

O comércio eletrônico no Brasil também evoluiu em termos de aspectos legais, como a criação do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, e do Decreto nº 7.962, em 2013, que regulamentou os direitos e deveres dos consumidores e fornecedores no comércio eletrônico.

Estas normas garantiram mais segurança e confiança para os usuários, que passaram a ter mais garantias de proteção, como o direito de arrependimento, a informação clara e precisa sobre os produtos e serviços, e a solução de conflitos de forma ágil e eficiente.

Outro desafio que o e-commerce brasileiro enfrentou e ainda enfrenta é o da logística, que envolve o transporte, a entrega e a devolução dos produtos.

O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma infraestrutura precária e uma tributação complexa, o que dificulta a operação das empresas e gera custos elevados e prazos longos para os consumidores.

Para superar esse obstáculo, as empresas investiram em soluções como a integração com os Correios e outras transportadoras, a criação de centros de distribuição em diferentes regiões, o uso de tecnologias como o rastreamento e a geolocalização, e a oferta de serviços como o frete grátis e a entrega expressa.

Ao longo da história do e-commerce no Brasil, algumas personalidades se destacaram por sua visão, inovação e liderança.

Entre elas, podemos citar:

  • Jack London: fundador da Booknet, a primeira loja virtual brasileira, e do Submarino, um dos maiores e-commerces do país;
  • Marcos Galperin: fundador e CEO do Mercado Livre, o maior marketplace da América Latina;
  • Luiza Helena Trajano: presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza, uma das pioneiras no e-commerce brasileiro e uma das líderes do varejo nacional;
  • Romero Rodrigues: fundador e ex-CEO do Buscapé, o maior comparador de preços da América Latina, e atual sócio da Redpoint eventures, um fundo de investimento em startups;
  • Pedro Guasti: fundador e ex-CEO da e-bit, empresa de pesquisa e inteligência de mercado especializada em e-commerce, e atual CEO da VTEX, uma das maiores plataformas de e-commerce do mundo.

O e-commerce no Brasil é um setor que vem crescendo e se transformando ao longo dos anos, acompanhando as mudanças tecnológicas e comportamentais da sociedade.

O cenário atual é de grande oportunidade para quem quer empreender e se destacar no mercado online, mas também de muitos desafios e concorrência.

Para ter sucesso nesse ramo, é preciso estar atento às tendências, às necessidades dos consumidores e às melhores práticas do setor.

Não existe espaços para experimentações neste segmento altamente competitivo, tecnológico e poderoso.

Tendências e estatísticas

O que vem pela frente
Para onde vamos

A modalidade de comércio eletrônico vem crescendo tanto no Brasil quanto no mundo, impulsionada pela evolução tecnológica, pela mudança de comportamento dos consumidores e pela pandemia da Covid-19, que acabou dando um impulso naquilo que já vinha embalado.

Segundo dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o faturamento do e-commerce no Brasil em 2023 foi de R$ 185,7 bilhões, um aumento de 9,4% em relação a 2022, quando o setor faturou R$ 169,6 bilhões.

O ticket médio das compras online foi de R$ 470,00, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior.

O número de pedidos foi de 395 milhões, um aumento de 7,3%, e o número de consumidores virtuais foi de 87,8 milhões, um crescimento de 6%.

Os segmentos que mais se destacaram no e-commerce brasileiro em 2023 foram…

  • Alimentos e Bebidas, com um aumento de 82,8% no número de pedidos;
  • Perfumaria e Cosméticos, com um aumento de 22,5%;
  • Saúde, com um aumento de 16,9%;
  • Bebês e Cia, com um aumento de 12,3%;
  • Esporte e Lazer, com um aumento de 8,4%.

Os produtos mais vendidos pela internet foram: celulares, televisores, livros, notebooks e tablets, geladeiras e freezers.

No cenário mundial, o e-commerce também apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos.

Segundo dados da Statista, uma empresa de pesquisa de mercado, as vendas globais do e-commerce em 2023 foram de US$ 4,28 trilhões, um aumento de 14,3% em relação a 2022, quando o setor faturou US$ 3,74 trilhões.

A previsão é que as vendas globais do e-commerce alcancem US$ 4,89 trilhões em 2024, US$ 5,43 trilhões em 2025 e US$ 6,38 trilhões em 2026.

Os países que mais se destacaram no comércio eletrônico mundial em 2023 foram…

  • China, com um faturamento de US$ 1,94 trilhão e uma participação de 45,4% do mercado global;
  • Estados Unidos, com um faturamento de US$ 843,15 bilhões e uma participação de 19,7%;
  • Reino Unido, com um faturamento de US$ 180,96 bilhões e uma participação de 4,2%;
  • Japão, com um faturamento de US$ 140,88 bilhões e uma participação de 3,3%;
  • Coreia do Sul, com um faturamento de US$ 128,81 bilhões e uma participação de 3%.

O Brasil ficou em 13º lugar no ranking mundial, com um faturamento de US$ 36,06 bilhões e uma participação de 0,8%.

As tendências para o e-commerce no curto, médio e longo prazo são de continuidade do crescimento, mas também de aumento da concorrência e da exigência dos consumidores.

Para se manter competitivo nesse mercado, é preciso estar atento às novas tecnologias, às preferências dos clientes e às melhores práticas do setor.

Algumas das tendências que devem marcar o futuro do e-commerce são:

  • O uso da inteligência artificial para personalizar a experiência de compra, oferecer recomendações, prever demandas, otimizar preços, entre outras aplicações;
  • O aumento do comércio móvel, ou m-commerce, que é a realização de compras por meio de dispositivos móveis, como smartphones e tablets;
  • A expansão dos marketplaces, que são plataformas que conectam vendedores e compradores de diferentes segmentos, oferecendo variedade, praticidade e segurança;
  • A integração dos canais de venda, ou omnichannel, que é a oferta de uma experiência de compra integrada entre os meios online e offline, permitindo ao consumidor escolher o canal mais conveniente para cada etapa da jornada de compra;
  • A sustentabilidade como um diferencial competitivo, que envolve a adoção de práticas ambientalmente responsáveis, como o uso de embalagens recicláveis, a redução da emissão de carbono, a oferta de produtos orgânicos, entre outras ações.

O comércio eletrônico é um setor que vem se consolidando como uma das principais formas de comércio no Brasil e no mundo, apresentando um crescimento acelerado e uma grande potencialidade.

Para aproveitar as oportunidades desse mercado, é preciso estar atento às mudanças, às necessidades e às tendências do setor, buscando oferecer um serviço de qualidade, inovador e diferenciado aos consumidores.

Propósito é a energia que move a humanidade

Comércio eletrônico. É o único caminho
A direção do futuro

Comércio eletrônico é uma realidade indiscutível na vida das pessoas e dos empreendimentos comerciais do mundo todo e sua ascensão mudou completamente o cenário e o nível da concorrência.

Seu concorrente não é mais a outra loja do outro lado da rua, mas a China inteira, ou a Coréia do Sul, ou os Estados Unidos ou a Europa, ou ainda, qualquer pedacinho de terra em qualquer canto do mundo, onde exista uma conexão razoável com a internet, condições de logística e distribuição e pessoas com perfil empreendedor.

Diante desse cenário, as operações tradicionais, que realizam suas vendas apenas em lojas físicas, precisam se adaptar e agregar o comércio eletrônico em suas ações estratégicas, caso contrário, correm o risco de perder mercado e competitividade.

A importância de agregar o comércio eletrônico nas operações tradicionais se deve a vários fatores, entre eles…

  • Aumento do alcance e da visibilidade: ao ter um site ou uma plataforma de vendas online, as operações tradicionais podem ampliar seu público-alvo e sua área de atuação, alcançando clientes de diferentes regiões e países, que talvez não teriam acesso às suas lojas físicas;
  • Redução de custos e aumento da rentabilidade: ao ter um canal de vendas online, as operações tradicionais podem reduzir seus custos com aluguel, funcionários, estoque, entre outros, e aumentar sua margem de lucro, uma vez que podem oferecer preços mais competitivos e atrativos aos consumidores;
  • Diversificação de produtos e serviços: ao ter um canal de vendas online, as operações tradicionais podem diversificar sua oferta de produtos e serviços, explorando novos nichos de mercado e atendendo às demandas específicas dos clientes, que podem variar de acordo com o perfil, a localização e o momento de compra;
  • Fidelização de clientes e aumento da satisfação: ao ter um canal de vendas online, as operações tradicionais podem fidelizar seus clientes e aumentar sua satisfação, oferecendo uma experiência de compra personalizada, conveniente e segura, além de serviços de pós-venda, como suporte, garantia e troca.

O custo de mercado de não agregar o comércio eletrônico nas operações tradicionais se deve a vários fatores…

  • Perda de clientes e de participação de mercado: ao não ter um canal de vendas online, as operações tradicionais podem perder clientes e participação de mercado para os concorrentes que já adotaram o comércio eletrônico, que podem oferecer mais opções, melhores preços e maior comodidade aos consumidores;
  • Queda nas vendas e no faturamento: as operações tradicionais podem ter uma queda nas vendas e no faturamento, uma vez que podem ficar limitadas à sua capacidade de atendimento, à sua localização geográfica e aos horários de funcionamento das lojas físicas;
  • Obsolescência e desatualização: as operações tradicionais podem ficar obsoletas e desatualizadas, perdendo a oportunidade de se adaptar às novas tendências, às novas tecnologias e às novas necessidades dos consumidores, que estão cada vez mais conectados e exigentes.

É evidente a importância de operações tradicionais agregarem o comércio eletrônico em suas ações estratégicas, bem como o custo de mercado caso não tomem esta ação, ficando para trás no competitivo universo da gestão moderna.

O comércio eletrônico é uma realidade que veio para ficar e que oferece inúmeras vantagens para quem souber embarcar na onda e aproveitar seus benefícios.

O mundo não volta para trás.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *