Startup é um conceito que surgiu recentemente, com a chegada de novos recursos e métodos ao universo dos negócios, criando novas formas de empreender e a startup apareceu neste rastro.
O que define uma startup é que ela possui características de inovação, ou seja: sua proposta empreendedora está associada à inovação como elemento de destaque e âncora balizadora de seu sucesso.
Você tem uma ideia inovadora, isto normalmente faz com que as estruturas e conceitos para a aplicação desta ideia, também precisem ser inovadoras, já que nunca foram aplicadas.
Desde o planejamento, as percepções em torno do projeto consideram a inovação como diferencial, não apenas por estratégia, mas por necessidade.
É aqui que tudo fica cada vez mais interessante…
Uma ideia inovadora precisa de um projeto inovador para a sua consolidação, lançamento, utilização e escala.
Isto faz com que novas ideias inovadoras nasçam embrionadas no projeto original e isto gera uma cadeia de desenvolvimento de alto valor.
Você pensa num carro inovador, algo que nunca foi criado antes, autônomo, movido a energia nuclear, altamente econômico e com uma bateria que dura 300 anos.
É uma ideia inovadora e revolucionária.
Estamos diante do nascimento de uma startup, que precisará desenvolver novas soluções e recursos para tornar a ideia original uma realidade.
Novas formas de produzir baterias, componentes, ferramentas, instalações, marketing, comercialização e por aí vai.
Cada um destes novos empreendimentos é uma startup e estamos diante de uma espécie de incubadora, ou seja: estamos levando a evolução humana para um novo patamar, com crescimento em cadeia, impulsionados pelo conceito de startup e é sobre isto que vamos falar aqui.
Startup é um modelo que depende de algumas variáveis determinantes para sua viabilidade e sucesso.
Não existe uma garantia associada ao sucesso (como quase nada no universo empreendedor), mas com a startup o desafio parece ser muito maior, já que estamos falando de algo que soluciona necessidades das pessoas, que elas ainda nem sabem que possuem, o que não deixa parâmetros comparativos para as análises decisoras e orientadoras do projeto.
O que se sabe é que uma startup possui um portfólio de necessidades que definimos como pilares para sua sustentação, nascimento e sucesso e destacamos os 4 principais elementos deste conjunto de formação de uma startup…
1 – Inovação…
O princípio de uma startup se dá a partir de um forte senso de observação, o que leva à constatação de oportunidades de mercado.
A ideia é encontrar soluções que facilitem a vida das pessoas, em diversos campos da atividade humana, seja a ciência, o entretenimento, a comunicação, o trabalho, o desenvolvimento pessoal e humano, a saúde, tudo o que diga respeito à existência humana, seus hábitos e comportamentos, é campo fértil para uma ideia inovadora, disruptiva, que atraia o interesse e passe a fazer parte do cotidiano humano, na forma de produto ou serviço, dando e recebendo valor por isto.
A partir da ideia, as ferramentas básicas podem existir ou serem inventadas, já que a ideia é disruptiva, na maioria das vezes, é necessário inventar e construir os meios pelos quais se constrói e viabiliza a ideia original.
Tecnologia costuma estar fortemente associada ao surgimento de uma startup, já que é um elemento construtivo com potencial disruptivo poderoso.
Uma mente livre e flexível também é parte deste processo, já que permite novas visões, novos olhares, novas percepções e abordagens inéditas diante da realidade.
2 – Escalabilidade…
É inerente ao sucesso de uma startup que ela possua um potencial de escalabilidade, de se tornar interessante a ponto de ser desejada, por seu potencial transformador positivo e seja fácil de ganhar mercado com a inovação proposta pela startup.
Basicamente, uma startup precisa viabilizar sua envergadura comercial, a partir de sua qualidade e poder de transformação da vida das pessoas.
Isto proporciona escalabilidade, que é o sucesso comercial rápido, em grandes proporções, conquistando grandes fatias de mercado, sem envolver, necessariamente, um aumento proporcional dos custos.
3 – Rentabilidade…
Não precisa ser startup para sabermos que qualquer empresa tem a obrigação de dar lucro.
Já mencionamos reiteradas vezes que o lucro é uma obrigação social, pois a empresa que não tem lucro, não apenas deixa de ser viável, mas passa a ser um problema social, já que não honra seus compromissos com todos os atores.
A rentabilidade é um dos requisitos de sustentação do projeto de uma startup, não apenas pelo seu custeio, mas pela condição de gerar recursos para sua expansão e melhoria, bem como atrair o interesse de investidores, que ao aportarem capital, passam a fortalecer o projeto, ampliando a velocidade de sua consolidação, expansão e sucesso.
4 – Condições de incerteza…
Uma startup costuma requerer uma análise muito mais desafiadora sobre suas chances de mercado.
É preciso considerar aspectos que normalmente não possuem parâmetros comparativos.
Lembre que estamos falando de uma ideia inovadora, disruptiva, com pouca ou nenhuma similaridade com algo que já exista e todas as projeções são realizadas em suposições.
Claro que se utiliza análise estatística e ponderação sobre probabilidades, algo muito desafiador e complexo, mas ainda assim, estamos sendo subjetivos, sem uma coluna vertebral sólida, apenas imaginária.
Isto requer condições de incerteza, que basicamente são a capacidade de alterar movimentos diametralmente de acordo com novos fatos e descobertas, mudando direções sempre que necessário.
Também é desafiador ter que caminhar sobre um terreno que não se conhece e o desconhecido é, ao mesmo tempo, a maior atração à nossa espécie, bem como o nosso maior cenário de medo e insegurança.
Saber lidar com as condições de incerteza, ter o conhecimento, a preparação e, sobretudo, o controle emocional e psicológico para isto, é fundamental para um empreendimento no formato de uma startup.
Construir uma startup inicia pela ideia inovadora, já que nada acontece se não houver a causa original e poderosa.
O princípio é sempre o de observar, visando a identificação de uma oportunidade, que surge como encontrar uma solução inovadora para um problema real e comum à maior parte das pessoas.
Esta é a parte mais complexa, já que requer o talento na sua forma mais pura e essencial e são poucos os que conseguem oferecer isto.
Imediatamente, é preciso entender que a grande ideia não adianta de nada se não puder ser acessada de maneira única e valiosa.
Construir uma startup também requer um conceito de validação de mercado.
Não é possível lançar nada sem uma experimentação de sua aprovação potencial.
Isto envolve técnicas de testes de aceitação, que costumam moldar a ideia até um formato de lançamento.
Esta validação se dá através de múltiplas formas de experimentação, como testes de usabilidade, preferências, pesquisas restritas e amplas, entrevistas de feedback qualificado e testes de variação dentro do próprio conceito, que costuma gerar ajustes finos no produto ou serviço final.
Agora chegamos ao estágio da definição do MVP (Produto Mínimo Viável), que é a geração de uma versão simplificada do que seria o produto básico, de forma a realizar o lançamento prévio e restrito, a fim de analisar os comportamentos do produto e das pessoas que o utilizam, trabalhando fortemente nos feedbacks, que vão modelando e aperfeiçoando a oferta final.
Neste estágio, passamos a algo reconhecido como feedback e interação, onde criamos canais diretos aos usuários, por vezes na forma de pequenos comitês de clientes, onde acompanhamos a utilização, o que resulta em aprendizado conjunto, captando feedbacks específicos e laboratoriais, gerando melhoria contínua na oferta, ajustando e até mudando direções, de acordo com este know how executivo.
Em quase todas as etapas é necessário investir e quando aprovamos o produto nas suas primeiras etapas, o interesse dos investidores começa a despontar olhares sobre o projeto e isto facilita a captação de maiores investimentos.
Quando cruzamos a etapa da viabilidade real e consolidação do projeto na sua forma comercial e de aceitação de mercado, se ampliam as chances de conquistar investimentos robustos nesta construção e o apoio aparece.
Plataformas de crowdfunding, investidores “anjo”, capitalistas de riscos, costumam aparecer com interesse no potencial apresentado e isto abre portas para captação de capital, mediante remuneração ou participação nos resultados.
Após a validação completa do MVP, a consolidação clara e objetiva do modelo de negócios é o próximo passo e com isto estabelecido, a hora é de se concentrar na base de clientes, no conjunto operacional validado e nas estratégias para a expansão das operações.
Provavelmente você não conseguirá nada sem uma equipe sintonizada na perspectiva e potencial do projeto, por isto você precisa recrutar pessoas com esta harmonia visionária sobre a oferta e seu potencial, consolidando um time engajado e dedicado ao sucesso.
Concentrar pessoas motivadas e capacitadas ao redor do projeto é básico para que o sucesso apareça.
Diz a lenda que tudo que o sol toca nasceu no marketing e ele é vital para o sucesso de todo o projeto.
O marketing vai criar os caminhos que abrirão o acesso ao produto através de suas ferramentas, como branding, comunicação, direcionamento, persuasão e tantos outros elementos que compões esta ciência indispensável para qualquer premissa de sucesso comercial.
O controle é permanente e constante, pois é o monitoramento de todos os indicadores que apontará se as ações estão sendo eficientes e adequadas, ao mesmo tempo em que demonstram a necessidade de eventuais ajustes e melhoria contínua.
Acompanhe os indicadores-chave de desempenho (KPIs) e esteja pronto para fazer ajustes rápidos conforme o mercado e as necessidades dos clientes evoluem.
Chegamos ao ponto em que a startup encontra sustentabilidade e escalabilidade, onde você trabalha para garantir que sua startup seja financeiramente sustentável, com capacidade de crescimento constante e sem comprometer a qualidade da proposta original ou a missão de sua empresa.