OBJETIVOS DA CONTABILIDADE. AS 5 PRINCIPAIS FUNÇÕES DESTA CIÊNCIA

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Os objetivos da contabilidade não podem ser esquecidos

Onde deve estar o seu foco

Os objetivos da contabilidade não podem ser esquecidos
Onde deve estar o seu foco

Objetivos da contabilidade são múltiplos e até nos confundimos em meio a tantas variações de uma única atividade, o que é comum, já que falamos de ciência, e mais especificamente ainda, de uma ciência exata.

Além de confundir, as pessoas também costumam esquecer que ao falarmos de contabilidade estamos falando de uma ciência, exata, matemática, específica, objetiva e clara.

Esta característica essencial da contabilidade vem desenhando seu presente e o seu futuro, de maneira dinâmica e intensa, já que as transformações não param de apontar novas direções.

Um cenário ótimo para gerar mais confusão e desconhecimento, o que é compreensível, pois vivemos um momento histórico da evolução da humanidade, onde a tecnologia cresce exponencialmente e arrasta todo o restante atrás de si, causando o surgimento de novas tendências a cada momento.

A contabilidade se move em meio a tanta transformação e como ciência exata encontra várias dificuldades de adaptação, um pouco menos ao presente, mas certamente, muito mais em relação ao futuro, que é desconhecido e desafiador.

Por isto resolvemos retomar os objetivos da contabilidade numa espécie de revisão das suas principais funções, para organizarmos a nossa própria confusão.

Objetivos da contabilidade. Os motivos pelos quais a contabilidade existe

Porque a contabilidade existe
A essência da atividade

Objetivos da contabilidade são fundamentais na condução de gestão de qualquer empreendimento, no Brasil e no mundo, pois a contabilidade é a base de conhecimento científico sobre a essência dos resultados objetivos.

O controle está diretamente ligado à contabilidade e controle é a base de qualquer gestão, já que gerenciar é atingir metas e se o seu foco é atingir metas, por óbvio, você precisa conhece-las, algo que só o acompanhamento dos indicadores pode proporcionar…

Opa! Falamos em indicadores?

Esta é uma das pontas que a contabilidade amarra, pois se gerenciar é atingir metas, então gerenciar é eliminar anomalias, pois são as anomalias que nos impedem de chegar às metas e estas anomalias só se tornam perceptíveis com um rigoroso monitoramento de indicadores.

E quem fornece esta estrutura de indicadores?

Ela mesma… A contabilidade em suas múltiplas funções.

Onde começou a contabilidade:

O entendimento é de que a contabilidade nasceu no rastro da matemática, quase junto, talvez com alguns pouco séculos de diferença (o que é nada diante da história da humanidade).

Consta que quando os fenícios, notadamente começaram a trabalhar melhor com as contas, se estabeleceu automaticamente a necessidade de realizar registros de operações, onde muitos apontam este como um início mais objetivo das atividades contábeis, o que o próprio nome da ciência aponta: ciências contábeis, de contar e registrar.

A verdade é que a contabilidade de fato é muito mais antiga e nasce junto com a Revolução do Conhecimento (Revolução Cognitiva), mais ou menos uns 70 mil anos atrás, quando o Ser Humano assumiu que tinha consciência, começou a conhecer sua inteligência e deixou de ser apenas um mamífero andarilho e nômade.

Algum tempo depois tivemos a segunda grande revolução evolutiva da humanidade, a Revolução Agrícola, uns 20 mil anos atrás, onde o Ser Humano começou a domesticar plantas e logo em seguida, os animais.

Mas porque isto é importante para a compreensão da história da contabilidade?

Porque esta é a história da contabilidade.

Como o homem que era nômade, vivia peregrinando em busca de alimento e caça e isto o obrigava ao movimento constante, sem fincar raízes permanentes em nenhum lugar, ao descobrir que poderia manipular ciclos e crescimentos de determinadas plantas num ou noutro lugar e até domesticar certos animais que antes precisava perseguir em intermináveis caçadas, o homem deixou de ser nômade, permanecendo definitivamente em determinados lugares, onde passou a plantar, colher e criar, algo muito mais confortável, seguro e inteligente de fazer.

É deste momento de transição do nômade para o aldeão que surgem os primeiros registros de fato de utilização da contabilidade, mesmo que formalmente ela ainda não tenha sido reconhecida.

Se as pessoas e seus grupos resolveram se estabelecer em determinados lugares, normalmente os melhores espaços para plantações e pastoreio, era necessário registrar posses, propriedades, controles de áreas, extensões, limites e tantas outras informações que permitiam uma condição de vida em conjunto de maneira minimamente civilizada, sobretudo no início daquela nova era.

Já estamos começando a ver a aparição da contabilidade na vida humana e os objetivos da contabilidade recém nasciam, assim como a ciência, da qual ainda não se tinha consciência, apenas se realizava.

O primeiro passo, portanto, está relacionado ao registro e proteção da posse, bem como o registro e perpetuação da história desta posse, além dos fatos ocorridos sobre os objetos materiais dos quais o homem sempre dispôs na busca de seus objetivos.

Depois de registrar a posse, a organização de produtividade agrícola e dos rebanhos também foi ganhando contornos mais técnicos e a matemática era a essência destes registros.

De um lado, documentos e registros garantiam a posse de áreas e espaços geográficos, posse esta conquistada através de muitos meios, alguns legais e outros nem tanto, já que a humanidade sempre teve que guerrear para assegurar acesso aos melhores campos, lugares e regiões.

O comércio de espaços também ganhou força e nem só de guerras viviam as conquistas de territórios, pois também era possível adquirir, sempre em troca de valores, que se apresentavam de diversas maneiras, como trocas, intercâmbios e até o dinheiro, que torna tudo um pouco mais fácil de entender.

O patrimônio:

Um caminho normal relacionado aos objetivos da contabilidade que acontece em paralelo com esta história é que além dos registros de espaços geográficos e propriedades, também havia a necessidade de registros e controles do que ali acontecia.

Registrar e controlar produtividade, o resultado das safras e criações, o que era armazenado ou comercializado, as entregas do que era vendido e os estoques do que ficava.

O comércio era uma atividade tão antiga quanto a humanidade e a contabilidade nasceu com ele.

Surgia o conceito de patrimônio e quando alguém morria suas propriedades não eram distribuídas entre sobreviventes diversos, mas era partilhada entre seus sucessores e tudo isto precisava de registros.

Observe como a contabilidade já nasceu importante e indispensável.

A própria origem da expressão “patrimônio” vem de sua relação com a expressão “pai” (pater, patris).

Com uma rápida evolução, o termo “patrimônio” passou a ser usado para determinar quaisquer tipos de valores, mesmo que não estivessem relacionados a heranças, já que sua aquisição por alguém o faria componente da herança de sua próxima geração, não importando a forma desta aquisição.

Historiadores aceitam bem que a contabilidade nasceu junto com a humanidade, mas também reconhecem que os fenícios, por suas notáveis aptidões com a matemática, também foram o povo que consolidou a contabilidade na sua forma de ciência exata, ou ao menos, embrionou esta direção.

O comércio não era uma prática exclusiva dos fenícios, já que o mundo inteiro comercializava praticamente tudo o que podia ter valor para alguém.

Os fenícios, no entanto, organizaram métodos, tanto matemáticos quanto contábeis e por isto o nascimento da contabilidade não é atribuído exclusivamente a eles, mas a consolidação da contabilidade como ciência, isto sim.

A coisa foi ficando detalhista e complexa, quando se agregou naturalmente a variação dos valores de bens e serviços, pois algo valia mais se estivesse fora de sua safra, por exemplo, o que o tornava mais raro e, por consequência, caro.

Do contrário, em picos de safras, os produtos perdiam escassez e o seu valor de mercado caia, quando alguns produtores resolviam reter produtos propositalmente para provocar um aumento de demanda, fazendo o valor voltar a subir, mesmo em tempo de safra, mas o produtor também precisava de recursos para atender suas necessidades de vida e de preparação para a nova safra e isto gerava uma dança de equilíbrio entre reter o produto e liberar estoques.

Observe como os objetivos da contabilidade vão sendo ampliados, na medida em que as operações vão começando a ficar mais complexas.

Um erro de registro contábil tinha (e tem) o potencial de afetar toda uma cadeia econômica, em todas as suas pontas e em toda a sua extensão.

A importância da contabilidade começou a ser sentida como determinante, a ponte de, com a evolução humana, a contabilidade ser um daqueles serviços que deixaram de ser opcionais, como o de pintor de casas, por exemplo…

É importante pintar a casa de vez em quando e não apenas por estética, mas por preservação e valorização do patrimônio…

Se você não estiver num momento econômico bom e não for possível pintar a casa este ano, sem problemas, você espera a situação melhorar e pinta quando der e só então contrata um pintor, de forma opcional e de acordo com a sua realidade…

A contabilidade ficou tão importante e indispensável que deixou de ser opcional e consta que passou a ser “mais ou menos” obrigatória em torno de 2000 a. c. quando egípcios passaram a ser obrigados a manter registros formais e oficiais sobre as movimentações de patrimônio.

A cobrança de impostos foi um outro fator determinante para a obrigatoriedade da existência da contabilidade como ciência, pois era de interesse dos governos a cobrança total de seu quinhão sobre tudo o que se produzia e circulava na comunidade, pois em tese, era o que mantinha a infraestrutura da própria comunidade, como deveria ser até hoje (já que este é um grande centro de desvios, mas isto é outro papo).

De outro lado, a população também tinha interesse que o controle fosse bem feito, sob pena de ter que pagar mais do que deveria.

Observe que já no seu nascimento e consolidação a contabilidade teve diversos objetivos claros e evidentes, em várias direções diferentes…

Os 5 principais alvos que a contabilidade não pode esquecer

Onde pretendemos chegar
A direção do nosso destino

Os objetivos da contabilidade já são tantos que é difícil imaginar de pronto e por isto tomamos a liberdade de equacionar o amplo conjunto de objetivos da contabilidade em 5 grandes grupos, onde os demais objetivos estão contidos.

Agrupamos a atividade em 5 conjuntos que contém a essência da atividade e que dão uma visão clara da amplitude de abrangência desta ciência fantástica que acompanha a construção da história da humanidade.

1 – Registros:

O primeiro dos objetivos da contabilidade que precisamos abordar está relacionado aos registros, de patrimônio e movimentações deste patrimônio, na forma de evolução, transações, ampliações, dispersão, extinção, transformação, tudo o que marque a existência de um patrimônio, sua forma, valor, posse e características.

Este é um dos objetivos da contabilidade mais fundamentais, pois como aprendemos até agora, o primeiro passo da contabilidade aconteceu a partir da primeira posse, do primeiro conceito de propriedade sobre algo ao qual fosse possível atribuir algum valor.

Hoje tudo ficou muito mais complexo, até porque o espectro da definição do patrimônio é muito grande e tudo, praticamente tudo o que nos cerca possui algum tipo de valor atribuído.

O próprio lixo é um elemento valioso e existe uma gama impressionante de mercado, com vários segmentos, que atuam e extraem valor de operações a partir do lixo.

O patrimônio passou a ser pessoal e corporativo e isto aumenta em muito o universo.

Uma coisa era controlar os registros sobre as posses de terras e produção de uma aldeia primitiva, outra é registrar o patrimônio e suas variações num universo de pessoas com todos os tipos de posses e empresas e corporações, com patrimônios que vão desde uma simples cadeira até uma frota de caminhões, navios ou aviões.

Tudo em constante movimentação, troca de propriedades, como os estoques, por exemplo, que hoje fazem parte do balanço patrimonial de uma empresa, mas que amanhã podem ser vendidos e transferidos para outra posse e este movimento precisa ter várias etapas de registros, com vários fins específicos, desde marcar a saída de um estoque (de um patrimônio) e entrada em outro, além de taxas e tributos incidentes nestas operações, ganhos e perdas de valor durante o processo e mais uma infinidade de controles relacionados.

O registro, portanto, é fundamental em múltiplos sentidos nos objetivos da contabilidade e isto é a base de construção dos outros 4 pilares desta ciência maravilhosa e poderosa.

2 – Controladoria:

Os objetivos da contabilidade possuem um foco elementar, que é o controle, já que tudo o que pode ser medido pode ser gerenciado, o demais está à deriva, como bem demonstra o consagrado consultor Falconi.

A controladoria é uma parte dos objetivos da contabilidade que torna prática e objetiva a eficiência e importância da ciência até na existência da humanidade em sua construção social.

Num primeiro momento são os registros, mas logo em seguida está o controle e não existe uma operação sem controle.

Entender e perceber como os valores se movimentam e como os principais agentes transformadores de resultados se movimentam, em que direção apontam, como se comportam diante das diversas influências de mercado, tudo está relacionado ao controle e a gestão.

É importante entender a ação de controladoria não apenas relacionada aquilo que conhecemos como atividade de um personagem do contexto contábil, o controller, que especificamente controla processos específicos dentro da contabilidade.

É claro que ele é de fundamental importância em qualquer organização, sobretudo contábil, seja interna ou externa à empresa, mas a expressão “controladoria” é muito mais ampla.

Controladoria é um dos pontos de maior responsabilidade do universo contábil e dentre os objetivos da contabilidade tem uma relevância fundamental.

Imagine que por si só a contabilidade já é importante porque é a essência da construção dos indicadores que norteiam a gestão de qualquer negócio responsável e minimamente organizado.

Agora imagine que dentro desta amplitude de responsabilidade ainda exista um setor, um departamento, uma espécie de “coração” da contabilidade que é responsável para controlar a própria contabilidade, a qualidade dos registros, o cruzamento de informações, a primeira identificação de anomalias e que tudo isto acontece a partir de uma visão analítica profunda e criteriosa, sobre tudo, o tempo todo e em tempo real.

Tudo isto para dar ao gestor a capacidade de tomar decisões em cima de dados concretos, pois qualquer erro de construção destes indicadores pode colocar todo o negócio a perder.

Agora vamos jogar um pouco mais de gasolina neste “caliente” incêndio…

Tente imaginar que tudo precisa ser e estar preciso, estamos falando de uma ciência exata, a grosso modo: matemática…

O interessante é que em matemática (e na vida) 2+2=4 e não 4,00000000001.

O mais interessante ainda é que temos a tendência a aceitar uma resposta fragmentada como esta por sua insignificância, mas na atividade de controladoria, é aquele “pentelhésimo” lá do fim que aponta a possibilidade de uma anomalia gigantesca no processo.

Porque cargas d’água afinal, algo inerente ao processo contábil conseguiu desfazer a lógica e a matemática e acrescentar um “pentelhésimo” a mais na soma objetiva de que dois inteiros, mais dois inteiros resulta num outro número completa e absolutamente inteiro, que é quatro, sem o “pentelhésimo”.

Em contabilidade, como em matemática, sempre seguimos o risco de, ao puxar uma pena, vir uma galinha inteira grudada nela e esta é uma excelente metáfora para aquilo que faz uma controladoria.

A controladoria é um braço estratégico da gestão, ou melhor, é uma peça fundamental da decisão estratégica.

A controladoria é de total e integral confiança da máquina de gestão corporativa, é próxima e de ligação total com a direção, pois é ali que o gestor se abastece não apenas de informação preciosa, mas de confiança na informação que parte dali.

Por isto a controladoria está sempre no foco intenso de toda a empresa, em todas as direções, sobretudo no que vem de cima.

A controladoria não controla apenas, mas em sua atividade, quando bem executada, é comum encontrar anomalias em processos, ferramentas, sistemas ou comportamentos humanos e isto é base para a melhoria contínua, por isto a controladoria costuma ser a porta de entrada para a evolução de todo o conjunto de gestão da empresa.

3 – Consultoria:

Sim, a contabilidade é consultiva e assim deve ser, mesmo que através de anos tenha se consolidado em cima da percepção de “guarda livros”, que simplesmente, guardava livros.

Principalmente agora e mais ainda no futuro, a contabilidade precisa deixar de ser apenas executiva e passar a uma postura muito mais consultiva.

A própria inteligência artificial já possui soluções tecnológicas de apoio à gestão, que apresenta tendências de acordo com potenciais decisões do gestor, porque então a contabilidade deveria seguir “guardando livros”?

A contabilidade precisa ser vista, principalmente por seus operadores, como uma estrutura de inteligência de gestão.

Inteligência tributária…

Inteligência contábil…

Inteligência de gestão…

É assim que deve se definir e se apresentar uma empresa de contabilidade, hoje e daqui para a frente.

A contabilidade deve utilizar todos os mecanismos que possui para se juntar ao comando de gestão e oferecer, disponibilizar relatórios inteligentes dos comportamentos identificados na contabilidade…

Indicadores apresentam direções e reações diversas dos mercados diante de determinados comportamentos e atitudes gerenciais.

Algumas são evidentes e outras nem tanto, ainda precisam amadurecer para indicar potenciais resultados, positivos ou não, mas é o controle que determinará estes sinais, tão logo eles apareçam.

Estar atentos aos movimentos de mercado, às possibilidades de melhorar resultados através de economia, de controle de desperdícios, de eficiência em processos, tudo isto está ao alcance e responsabilidade da contabilidade.

É isto que as empresas do presente e do futuro precisam e esperam da contabilidade (mesmo que ainda não saibam), um apoio de inteligência nas decisões e ninguém melhor para proporcionar esta inteligência do que quem vive com a essência da informação do negócio.

Por isto um dos objetivos da contabilidade de igual importância é assumir uma postura consultiva determinante no campo das decisões estratégicas do empreendimento.

4 – Auditoria:

Outro dos objetivos da contabilidade que é muito relevante é a auditoria e não se trata de uma ação de auditoria, mas de uma política de auditoria.

Como tudo o que a contabilidade executa, a auditoria precisa ser precisa (não deu para resistir à filosofia contida na frase).

A política de auditoria trabalha em conjunto com a controladoria e consiste numa atividade que tem por função primordial a análise crítica de processos a partir dos indicadores.

Uma política de auditoria realmente trabalha para encontrar problemas, defeitos, distorções e anomalias.

Claro que a intenção da contabilidade, como um todo, é eliminar anomalias, enquanto que, em direção contrária, a auditoria tem o objetivo de assegurar a confiança plena na construção de toda a informação que trafega e nasce da contabilidade, dos processos, da forma como tudo é executado, da integridade de ferramentas, sistemas, políticas de tráfego e controle da informação, e o caminho que a auditoria possui para chegar a estes resultados é perseguir erros e anomalias.

Por isto se construiu a visão de que quando a auditoria chega, a pressão aumenta e isto é natural, pois tudo o que fazemos estará sob foco constante e profundo, determinando nossos índices de eficiência e qualidade de nosso trabalho.

A auditoria requer profissionais altamente capacitados, com grande capacidade de compreensão do conjunto sistêmico contábil, algo não tão simples de achar.

Auditar um sistema não é apenas ver se o processo de lançamentos de dados foi realizado dentro do padrão, por exemplo, mas os dados que ali foram lançados são verdadeiros? São confiáveis? Possuem uma origem definida e clara?

Uma auditoria é um mergulho profundo em todas as possibilidades de equívocos humanos ou sistêmicos.

Balanços, demonstrativos, relatórios diversos chegam ao auditor que faz o caminho inverso, caminhando ao contrário, até a origem daqueles lançamentos, considerando tudo o que há para considerar.

É importante relembrar que embora existam ações programáticas de auditoria e que existam níveis diferentes da execução destas auditorias, que podem ser mais ou menos aprofundadas, a auditoria deve ser encarada como uma política permanente e parte integrante da cultura de inteligência e gestão da empresa.

5 – Assessoria:

É claro que ao relacionar os objetivos da contabilidade você deve questionar se consultoria e assessoria não são a mesma coisa e é bom que você faça isto, pois realmente não são.

A consultoria investiga a forma como as coisas são feitas e indica como elas deveriam ser feitas.

A assessoria atua mais diretamente junto ao gestor, podendo ser incorporado à empresa, sendo responsável por transferir o status da empresa de “´possível” para “ideal”.

Vamos simplificar…

A consultoria aponta caminhos objetivos e claros para determinados resultados, enquanto a assessoria ajuda o gestor a fazer com que aquelas medidas sejam aplicadas de forma efetiva naquela organização, “fazendo acontecer” o que precisa acontecer e que foi apontado pela consultoria.

Obviamente os dois objetivos da contabilidade se misturam e até se fundem em determinados pontos das operações, mas como objetivos da contabilidade eles são distintos, pois um é consultivo (como o nome diz), enquanto o outro é mais executivo e operacional.

Objetivos da contabilidade se relacionam com a nossa capacidade de gerar resultados

Foco na realização é a base dos objetivos da contabilidade
A meta é a evolução

Objetivos da contabilidade são múltiplos, como já abordamos aqui, mas em essência, os objetivos da contabilidade são mais vistos de fora para dentro do que de dentro para fora.

O que o mercado enxerga como objetivos da contabilidade costuma ser diferente do que a contabilidade enxerga sobre seus próprios objetivos.

Parece complicado, mas a visão do empresário sobre os objetivos da contabilidade anda numa velocidade um pouco mais rápida que a visão dos profissionais de contabilidade sobre seus próprios objetivos existenciais.

O empresário está na ponta de frente, frente de combate e sente primeiro os impactos da evolução nos níveis de competitividade que sua empresa enfrenta e traça parâmetros constantes entre seu desempenho e o desempenho de sua concorrência.

Já existem métodos de gestão bastante consolidados com base na comparação que uma empresa oferece ao mercado e o que seus concorrentes estão fazendo e ao perceber que existe algo que pode e precisa melhorar, o empresário compara porque alguém já melhorou e lá no fim, descobre que os procedimentos e atuação de sua estrutura contábil não é tão evoluída e dinâmica quanto a de seu concorrente.

Qual o resultado disto numa empresa contábil?

Vamos fazer o outro caminho…

Uma empresa de contabilidade entende primeiro e melhor quais são os objetivos da contabilidade e numa postura mais avançada, inovadora e disruptiva passa a apresentar aos seus clientes gestores um caminho mais preciso, confiável, dinâmico, moderno para apoiar suas decisões, levando à construção de resultados superiores e ao invés dele se surpreender com a modernidade de seus concorrentes, são eles que se surpreendem com sua capacidade de inovação e resultado…

A coisa muda de figura.

De qualquer forma, no meio disto tudo está a estrutura de contabilidade, que precisa estar conectada com o que está acontecendo no universo onde existe e trafega, pois não entender a mudança e seguir sempre dentro da mesma caixa fará do profissional de contabilidade se transformar num “guarda livros” em pleno Século XXI”…

Se você é um profissional de contabilidade pense nisto, porque o empresário já está pensando.

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