FINANCIAMENTOS. QUANDO E COMO BUSCAR CAPITAL EXTERNO

Tecnologia na contabilidade. O futuro chegou
TECNOLOGIA NA CONTABILIDADE. A TRANSFORMAÇÃO
18 de julho de 2023
Gestão de ativos fixos. Cuidando do patrimônio
GESTÃO DE ATIVOS FIXOS. CONTROLE E DEPRECIAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS
31 de julho de 2023
Financiamento. Bom ou Mau

Necessário, mas requer prudência

Financiamento. Bom ou Mau
Necessário, mas requer prudência

Financiamentos são um caminho muito utilizado no abastecimento financeiro do mercado produtivo e não há nada errado nisto.

Na verdade, todo o sistema financeiro se baseia no fomento do mercado com este tipo de recurso, o que fez do sistema financeiro um dos mais ativos e lucrativos do mundo, já que dinheiro custa caro.

O que percebemos quando falamos de financiamentos é uma série de informações que muitas vezes sequer se cruzam e em outras, tampouco, são verdadeiras.

Financiamentos não devem ser vistos como fonte constante de abastecimento financeiro, pois se você precisa buscar capital externo para abastecer suas operações, apenas 2 hipóteses são consideradas: ou sua empresa ainda não atingiu sua maturidade de mercado a ponto de promover seu sustento financeiro, ou sua empresa está operando num modelo errado e dá prejuízos em sequência, o que tende a não acabar e levar à falência, a menos que algo seja feito para mudar esta realidade.

Existem empresas que sempre buscam financiamentos porque estão em constante crescimento, precisam se capitalizar para expandir operações, mas nestes casos, o patamar e o caminho é outro, pois este tipo de empreendimento sobe de patamar e se classifica como uma empresa de Sociedade Anônima e passa a ter seus papéis ofertados na Bolsa de Valores, que aplica recursos como investimento em potencial de crescimento destas empresas, visando colher lucros substanciais com o seu progresso empresarial futuro.

É preciso estar atento quando não somos uma empresa deste tipo e vivemos dentro de bancos, rebolando em todas as direções, buscando capital para pagar nossa operação, principalmente quando isto se torna rotina e vivemos renovando empréstimos e trabalhando para pagar juros.

Financiamentos. Quando são saudáveis e recomendados

Existe um lado bom
Fomentando o crescimento

Financiamentos habitam um universo com limites estreitos entre o saudável e o prejudicial e isto é desafiador na hora de decidir os caminhos financeiros de uma empresa.

De um lado, a tentação de esticar a mão e pegar o recurso precioso ofertado por um sistema bancário voraz, enquanto de outro, o temor de se tornar prisioneiro do looping financeiro dos refinanciamentos caríssimos, que fazem consumir até a alma das empresas.

Quando uma empresa está buscando recursos para expandir suas operações, investir em novos projetos ou até mesmo para superar períodos de instabilidade, os financiamentos bancários podem se tornar um grande aliado. Existem diferentes momentos em que essa alternativa se mostra interessante, e cada tipo de financiamento tem suas características únicas.

O primeiro passo é entender a origem desses financiamentos.

Eles são provenientes de instituições financeiras, como bancos, que disponibilizam capital para as empresas mediante contratos e acordos específicos.

É importante destacar que cada instituição pode ter suas próprias condições e critérios para a aprovação de empréstimos, o que torna fundamental uma pesquisa detalhada antes de fechar qualquer negócio.

Os financiamentos bancários podem se dividir em várias categorias.

Temos os empréstimos tradicionais, linhas de crédito, financiamento de projetos e até mesmo os famosos microcréditos, voltados para pequenos negócios.

Cada modalidade possui suas particularidades e, por isto, é crucial analisar qual se encaixa melhor nas necessidades da empresa.

Quando você solicita um financiamento, uma questão importante que costuma surgir é a exigência de garantias por parte do banco.

Estas garantias podem variar, mas geralmente envolvem bens ou ativos da empresa, como imóveis, equipamentos ou até mesmo recebíveis.

Este requisito tem o objetivo de proteger a instituição financeira e garantir que, caso ocorra algum problema com o pagamento, ela possa se ressarcir através desses ativos.

Os prazos de pagamento também são aspectos cruciais a serem considerados.

Alguns financiamentos podem ser de curto prazo, com parcelas menores e pagamento em até um ano, enquanto outros podem ser de longo prazo, com pagamentos estendidos por vários anos.

Escolher o prazo adequado é essencial para que a empresa consiga honrar com as obrigações financeiras sem prejudicar sua saúde econômica.

Os aspectos positivos dos financiamentos…

Quando bem planejados e utilizados de forma estratégica, eles podem proporcionar um crescimento significativo para a empresa.

Com os recursos em mãos, é possível investir em tecnologia, ampliar a capacidade produtiva, conquistar novos mercados e, assim, alavancar os resultados.

Os aspectos negativos…

Os financiamentos bancários podem acarretar em juros e taxas, o que aumenta os custos operacionais da empresa.

Se a gestão financeira não for adequada, o negócio pode enfrentar dificuldades para cumprir os pagamentos em dia, o que pode levar a uma situação de endividamento.

O importante é considerar que os financiamentos bancários são ferramentas poderosas, mas é preciso utilizar com sabedoria.

A análise minuciosa das necessidades da empresa, a pesquisa das melhores condições de empréstimo e a elaboração de um plano de pagamento realista são fundamentais para garantir que os impactos positivos superem os negativos.

As opções que o mercado oferece

De olho no mercado
Olho vivo

Vamos explorar as principais linhas de financiamento bancário para empresas, incluindo informações sobre taxas de juros, dificuldade de aquisição, prazos e proveniência.

Também abordamos aqui o financiamento via bolsa de valores, suas vantagens e desvantagens.

Bora lá!

Empréstimos Tradicionais…

Esta é a modalidade mais comum de financiamento bancário.

As empresas podem obter um empréstimo em dinheiro com taxas de juros fixas ou variáveis.

A dificuldade de aquisição pode variar de acordo com o perfil da empresa e sua capacidade de pagamento.

As taxas de juros, em média, podem variar de 5% a 15% ao ano, dependendo do banco e do risco envolvido.

Os prazos costumam ser flexíveis, de curto a longo prazo.

As garantias normalmente estão associadas ao patrimônio da empresa, bem como o seu potencial de recebíveis e os níveis de segurança oferecidos pelo pretendente atuam decisivamente na definição da taxa de juros.

Linhas de Crédito…

As linhas de crédito são pré-aprovadas e oferecem uma quantia de crédito para a empresa usar conforme necessário.

São mais flexíveis que os empréstimos tradicionais, pois a empresa só paga juros sobre o valor utilizado.

As taxas de juros variam de 2% a 12% ao ano, dependendo do banco e do relacionamento da empresa com a instituição financeira.

A aquisição pode ser mais fácil se a empresa tiver um histórico de crédito sólido.

As garantias também estão vinculadas aos movimentos financeiros, capacidade de liquidez, bens patrimoniais e recebíveis, igualmente interferindo nas taxas de juros.

Financiamento de Projetos…

Esta modalidade se destina a empresas que buscam recursos para projetos específicos, como expansão, construção, inovação, entre outros.

Os prazos são mais longos, podendo chegar a décadas.

As taxas de juros dependem do projeto e da análise de risco feita pelo banco.

A dificuldade de aquisição pode ser alta, já que os bancos realizam análises minuciosas e são muito criteriosos para alavancar investimentos de médio e longo prazos, igualmente com foco em garantias sólidas, mas como envolve um maior risco, isto tende a refletir nas taxas de juros.

Microcrédito…

Esta linha de financiamento é voltada para pequenos empreendedores e microempresas.

Oferece quantias menores, com prazos curtos e taxas de juros um pouco mais altas, em média variando de 3% a 20% ao ano (um contrassenso, já que o pequeno precisa de maior incentivo para crescer).

A aquisição pode ser relativamente fácil para negócios de baixo risco.

Linhas Governamentais e de Incentivo…

Algumas linhas de financiamento são oferecidas pelo governo como forma de incentivar o desenvolvimento de determinados setores ou regiões.

As taxas de juros podem ser mais baixas e os prazos mais longos, mas a aquisição pode envolver mais burocracia e exigências específicas para se qualificar.

A verdade é que costuma ser quase inalcançável, para os pobres mortais, as linhas de financiamento que aparecem mais em propagandas políticas do que na mão do empresário necessitado.

Como o próprio sistema financeiro intermedia estas linhas, muitos “penduricalhos” de exigências são colocados nas “ofertas”, como a exigência de que o pretendente seja cliente daquela instituição, mantenha determinados limites de aplicações, adquira determinados produtos, enfim, como boa parte do que acontece no setor público, a disponibilidade de financiamentos subsidiados via BNDES e outras instituições similares são parte de uma novela sem fim, ao menos para a maioria.

Agora, falando sobre o financiamento via bolsa de valores…

O financiamento via bolsa de valores ocorre por meio da emissão de títulos, como ações ou debêntures, que são oferecidos ao público em geral.

Esta opção é mais comum para empresas de grande porte e com sólida reputação, pois requer transparência e prestação de contas ao mercado.

Vantagens do Financiamento via Bolsa de Valores…

  • Captação de Recursos: A empresa pode levantar uma grande quantidade de capital de investidores interessados em participar do crescimento do negócio;
  • Menor Endividamento: Ao emitir ações em vez de fazer empréstimos, a empresa evita aumentar suas dívidas;
  • Visibilidade: A presença na bolsa de valores aumenta a visibilidade da empresa, o que pode atrair novos investidores e clientes.

Desvantagens do Financiamento via Bolsa de Valores…

  • Prestação de Contas: A empresa deve seguir rígidas normas de governança corporativa e divulgar informações financeiras periodicamente;
  • Perda de Controle: Ao vender ações, a empresa dilui a participação dos acionistas existentes, o que pode levar à perda de controle por parte dos fundadores;
  • Volatilidade: O valor das ações pode flutuar de acordo com o mercado e com o desempenho da empresa, podendo prejudicar a imagem e a confiança dos investidores.

Podemos concluir que as opções de financiamento bancário para empresas são diversas e cada uma possui suas características e requisitos específicos.

A escolha adequada dependerá do perfil da empresa, suas necessidades de capital e sua capacidade de pagamento.

Já o financiamento via bolsa de valores pode ser uma opção interessante para empresas consolidadas, que buscam capital e estão dispostas a cumprir com as obrigações de prestação de contas ao mercado.

É fundamental que as empresas façam uma análise criteriosa de suas finanças e planos de crescimento antes de optar por qualquer forma de financiamento, garantindo assim que a escolha seja a mais adequada para alcançar os objetivos e o sucesso sustentável do negócio.

Financiamentos são um caminho seguro, desde que seja sustentável

Financiamentos. Heroi ou bandido
Caminho estreito

Financiamentos são um caminho quase inevitável para quem empreende, já que normalmente não possuímos o capital necessário para sustentar o negócio até que ele passe a oferecer os resultados potenciais.

Parte importante do tempo investido, que reflete nos prazos, envolve o aprendizado de todo o conjunto do empreendimento, muitas vezes, com conhecimento científico e técnico de gestão, mas como todo negócio possui suas particularidades, o velho método de tentativa e erro costuma estar sempre presente.

O segredo de tudo ainda é gestão.

De um lado, um cenário repleto de ofertas tentadoras de crédito fácil e caro, até por ser fácil.

De outro lado, ofertas de linhas maravilhosas de financiamento subsidiado por programas de desenvolvimento fomentados pelo Governo, mas que são quase inatingíveis para quem não for da Corte ou fizer parte do seleto grupo de “amigos do rei”.

Tudo isto ainda é impulsionado pela necessidade constante das empresas encontrarem capital para estruturar, consolidar e manter o giro de suas operações, até que se tornem sustentáveis.

Como você deve ter percebido, a expressão SUSTENTÁVEL aparece algumas vezes neste conteúdo, até porque o foco não deve ser especificamente o faturamento ou o lucro, mas a sustentabilidade.

Faturamento não significa lucro e lucro não significa permanência.

Lucro com permanência é o que definimos como sustentabilidade do empreendimento e esta deve ser a busca, algo que consiga se manter, estruturar e operar com independência, sem precisar de recursos externos para sobreviver, apenas para impulsionar seu crescimento sólido e vigoroso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *