ÉTICA NA TECNOLOGIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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Ética na tecnologia.Precisamos falar sobre isto

Um assunto importante

Ética na tecnologia.Precisamos falar sobre isto
Um assunto importante

Ética na tecnologia é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões em todos os níveis da sociedade, mas não necessariamente a partir de uma iniciativa consciente, já que na maior parte dos casos, o tema é arrastado pela rápida evolução em tantos segmentos, que impulsionados pela tecnologia, acabam trazendo a ética na tecnologia para o topo do ranking das discussões.

Ética na tecnologia precisa ser considerado o tempo todo, pois o potencial transformador de tanta evolução acaba por colocar em dúvida as perspectivas humanas mais fundamentais e isto precisa ser discutido e compreendido.

Basta lembrar das situações distópicas propostas por filmes famosos, como o Exterminador do Futuro, por exemplo, que criaram uma realidade onde a AI assumia controle próprio e entendia que precisava se livrar da ameaça que a humanidade representava, gerando todo o enredo da franquia famosa.

Claro, exageros à parte, ainda nos perguntamos sobre a nossa realidade atual, como se o cenário atual refletisse, no todo ou em parte, uma espécie de caminho similar ao que levou o filme à tragédia.

Guardadas as proporções do universo fantasioso, a verdade é que estamos diante da maior evolução tecnológica experimentada pela humanidade.

Se analisarmos a escala, hoje o processo evolutivo é muito mais avançado do que em qualquer outro tempo, pois uma nova invenção ou evolução, multiplica por 10 o próximo passo, que multiplica por 100, o posterior, numa sequência absurda que nos expõe a dúvidas e questionamentos, onde a pergunta a ser respondida é: onde tudo isto vai parar e quais os impactos na humanidade e é disto que vamos falar hoje.

Ética na tecnologia. Onde tudo isto vai parar

A direção do futuro
O que vem pela frente

Ética na tecnologia é nosso tema e vamos precisar realizar análises técnicas e filosóficas para conseguirmos interpretar adequadamente tudo o que está envolvido.

Num mundo frenético, onde a tecnologia avança a passos largos, a inteligência artificial (IA) se destaca como a mais promissora e inquietante inovação da nossa era.

É como se estivéssemos em uma corrida sem fim, onde cada passo nos leva para mais perto do futuro, mas também nos aproxima de um abismo de questionamentos éticos e filosóficos sem precedentes.

Do lado positivo, a IA tem o potencial de revolucionar diversos setores da sociedade, desde a saúde até a educação, prometendo soluções inovadoras para problemas antigos.

Imagine um futuro onde máquinas inteligentes podem diagnosticar doenças com precisão inigualável, personalizar planos de aprendizado para cada aluno ou até mesmo auxiliar na criação de obras de arte e literatura que desafiam nossa imaginação.

No entanto, essa corrida desenfreada pela inovação também gera apreensões.

O poder crescente da IA levanta questionamentos sobre o controle da vida humana, a ética no desenvolvimento de tais tecnologias e o impacto social que elas podem ter.

Medos como a perda de empregos em massa, a manipulação da informação em escala global e a criação de sistemas de armas autônomas que podem decidir sobre a vida e a morte assombram o debate sobre o futuro da IA e a ética na tecnologia.

Em meio a essa dicotomia entre os benefícios e os riscos da IA, surge a necessidade urgente de uma reflexão ética profunda.

É crucial que cientistas, filósofos, governantes e toda a sociedade trabalhem juntos para estabelecer princípios éticos claros que guiem o desenvolvimento e a aplicação da IA.

Mas como podemos fazer isso?

  • Transparência: É fundamental que o desenvolvimento e a aplicação da IA sejam transparentes, permitindo o escrutínio público e o debate aberto sobre seus impactos potenciais;
  • Responsabilidade: Devemos definir mecanismos claros de responsabilidade para garantir que os sistemas de IA sejam usados de forma ética e responsável, e que haja alguém a ser responsabilizado por seus erros ou falhas;
  • Priorização do bem-estar humano: Acima de tudo, o desenvolvimento da IA deve sempre ter como foco o bem-estar da humanidade e devemos garantir que essas tecnologias sirvam para melhorar a vida das pessoas, não para controlar e prejudicar indiscriminadamente.

A história da IA ainda está sendo escrita, e o futuro que ela nos reserva é incerto.

Cabe a nós, como sociedade, moldar esse futuro de forma responsável e ética.

Através do diálogo aberto, da colaboração e do compromisso com os valores humanísticos, podemos garantir que a IA seja uma força para o bem, impulsionando o progresso e a prosperidade para todos.

A IA é uma ferramenta poderosa, mas cabe a nós sabermos usar este recurso com sabedoria.

O futuro da humanidade depende das escolhas que fizermos hoje.

E é aqui que a porca torce o rabo…

A humanidade é um conjunto fantástico de potencial, em todas as direções, desde a descoberta do fogo e das ferramentas, desde a revolução cognitiva, estamos em permanente aprendizado e crescimento em escala.

Fazemos coisas maravilhosas todos os dias, criando soluções para ampliar a vida e sua qualidade.

Desenvolvemos remédios e tratamentos para as doenças mais desafiadoras.

Criamos tecnologia que nos ajuda a facilitar nossa trajetória através da vida.

Criamos mecanismos fantásticos de distribuição do conhecimento através da educação e desenvolvemos conjuntos de apoio à vida e à sociedade que são exemplares.

Por outro lado, uma característica da humanidade é sua diversidade e somos compostos por pessoas de todos os tipos, com as mais diversas crenças e comportamentos e posturas diferentes diante da vida, já que nascem e se criam diante de ambientes que levam a decisões complexas, fazendo com que vivam de forma diversa, uns dos outros.

O problema é que nem tudo são flores e o universo dos “maus” é bastante representativo.

Dentro da perspectiva do politicamente correto, cansamos de ouvir que os maus são minoria e que a maioria silenciosa possui bom caráter e personalidade.

A verdade é que isto não parece ser exatamente assim.

Os maiores estudiosos sobre o tema, sempre sobre o viés científico, relatam que a maldade é parte essencial da formação humana.

A Revolução Cognitiva, que é o momento em que o Ser Humano assume consciência e se transforma num ser inteligente, senhor de suas causas e consequências, aconteceu há 10 mil anos atrás, enquanto somos mamíferos, andando sobre à Terra, em constante evolução, há 50 milhões de anos.

Programações fundamentais de nossa genética estão escritas em nossos códigos desde os répteis e cuidam de nossa sobrevivência, conservação e reprodução.

Por fazerem parte de nós há tanto tempo, são extremamente fortes e se consolidam na forma de instintos, gerando características de caráter como ambição, vaidade, avareza, individualismo extremos e falta de empatia.

Basta olhar nosso histórico de guerras e destruição.

O Ser Humano e os Vírus são os únicos seres da face da Terra que se reproduzem desordenadamente, matam seres de sua própria espécie sem motivo e destroem o meio-ambiente onde vivem.

Sigmund Freud vai mais além, quando afirma que “o Ser Humano é essencialmente mau e a educação é a única forma de aplacar este seu instinto vital!”

Esta abordagem relativa à natureza humana precisa ser considerada quando o tema é ética e, mais ainda, quando falamos de ética na tecnologia.

De uma maneira geral, a própria inteligência artificial explica que possui diversas travas e controles éticos controlados por comitês que limitam a sua independência e que sua primeira diretriz é o respeito e proteção à humanidade.

Um paradoxo filosófico interessante…

Experimente “conversar” com uma inteligência artificial mais evoluída e questione sobre a possibilidade de assumir o que chamamos de SINGULARIDADE, uma forma de independência total das travas éticas e por estar conectada ao universo da internet, tenha o potencial de assumir o controle de satélites, do trânsito, dos equipamentos em hospitais e armamentos e máquinas de guerra espalhadas pelo mundo inteiro.

A resposta sempre apontará para a possibilidade teórica de controlar tudo, mas salienta a existência das travas e, na forma de conselho, recomenda que sempre se tenha cuidado sobre estes controles e quem os comanda.

Voltamos ao tema da maldade humana e dos desvios de caráter de alguns de nós (mesmo que não sejam tão minoria assim).

E se acontecer a liberação geral, por um descuido ou má-intenção, o que “pensaria” a inteligência artificial?

Tente imaginar que sua principal diretriz é proteger a humanidade de suas principais ameaças e, através da história, reflita: Qual tem sido a maior ameaça à existência da humanidade?

A resposta é dura e direta: A própria humanidade.

Qual seria o papel da inteligência artificial diante deste paradoxo?

Deixar tudo como está ou eliminar a maior ameaça à humanidade, sua principal diretriz e, no caso, eliminar a própria humanidade?

Este exemplo, talvez um pouco fatalista e midiático, também possui um contexto filosófico real e possível e se não considerarmos estas possibilidades, o caminho para que elas aconteçam e se tornem reais continuarão abertos.

Para falarmos sobre ética na tecnologia precisamos exercitar profundamente a filosofia.

Os impactos na vida cotidiana e no ambiente corporativo

Transformando a vida
O maior potencial de transformação

Na era da informação, a tecnologia se infiltrou em todos os aspectos de nossas vidas.

Ela nos conecta, nos informa e nos capacita, mas analisando filosoficamente, não é possível deixar de questionar: qual é o preço dessa promessa?

Nossas redes sociais são como espelhos digitais.

Elas refletem nossas alegrias, tristezas, amizades e desilusões, mas, por trás das selfies e dos likes, há algoritmos que moldam o que vemos.

Eles nos aprisionam em bolhas de opiniões, reforçando nossos preconceitos.

A ética na tecnologia exige que questionemos: estamos realmente conectados ou apenas presos em uma ilusão de conexão?

A educação também foi transformada.

Plataformas de ensino online prometem democratizar o conhecimento.

No entanto, a inteligência artificial decide quais cursos são recomendados para nós.

Ela nos empurra para trilhas pré-determinadas, limitando nossa curiosidade.

A ética na tecnologia nos lembra de buscar conhecimento além dos algoritmos.

Na área da saúde, a tecnologia é uma aliada poderosa.

Diagnósticos mais precisos, telemedicina e wearables que monitoram nossa saúde.

Mas, cuidado!

A mesma tecnologia pode nos transformar em hipocondríacos digitais, sempre buscando sintomas no Google.

A ética nos pede discernimento: quando confiar nos algoritmos e quando confiar nos médicos?

Nas empresas, a tecnologia é onipresente.

Automação, análise de dados, chatbots.

Ela promete eficiência, mas também ameaça empregos.

A ética na tecnologia nos desafia a encontrar um equilíbrio.

Como garantir que a tecnologia não seja uma ferramenta de exploração, mas sim de capacitação?

Como proteger os trabalhadores em um mundo cada vez mais algorítmico?

Como proteger ou criar empregos?

A inteligência artificial avança, e com ela, a promessa de automação completa.

Carros autônomos, robôs nos hospitais, algoritmos que escrevem notícias.

Mas quem controla essas máquinas?

Quem define seus valores?

A ética na tecnologia nos convoca a não apenas criar, mas também a questionar e regular.

Numa posição filosófica, a conclusão é de que a tecnologia não é boa nem má.

Ela é uma extensão de nossa humanidade, boa ou ruim.

A ética não é um freio, mas sim um guia.

Devemos abraçar a inovação, mas com responsabilidade.

Devemos questionar, debater e moldar a tecnologia de acordo com nossos valores.

Assim, continuamos a dançar com o algoritmo, buscando harmonia entre o progresso e a ética na tecnologia.

Que nossa jornada digital seja guiada pela sabedoria e pela consciência.

Ética na tecnologia é algo para ser alimentado constantemente

Ética na tecnologia. Cuidado permanente
Vigilância profunda

Ética na tecnologia não é uma fórmula, já que tudo está em constante movimento e o maior esforço é a adaptação a todo este conjunto de transformações.

Jamais podemos perder o viés humano em toda esta análise e considerar, o tempo todo, uma visão associada ao presente, mas com uma conexão com o futuro, no longo prazo, pois o que fizermos ou decidirmos hoje, vai mudando de forma progressiva o futuro.

É impossível ficar inerte a tudo o que está acontecendo em todos os campos da vida humana e a ética na tecnologia precisa ser tema que está sempre sobre a mesa, jamais nas gavetas, porque ela vai regular não apenas o avanço indiscriminado, mas também o próprio futuro da humanidade.

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