Contabilidade de resultados é uma perspectiva moderna dos serviços de qualidade que se adaptaram ao período de evolução constante do cenário empresarial pelo qual estamos passando.
O mais legal é que este ciclo de transformações ancoradas em inovação e evolução parece que será permanente, aumentando e diminuindo o ritmo, mas sempre avançando, na mesma velocidade que a inovação chega aos mais diversos setores da atividade humana.
De repente você está num mundo cada vez mais competitivo, com soluções tecnológicas avançadas, mudanças nos conceitos sociais e humanos, tudo parece andar num ritmo evolutivo positivo e promissor, quando de repente, aparece uma pandemia global, que muda violentamente o cenário e altera posições diametralmente.
Você e o mundo se reequilibram e quando vão começar a andar novamente, do nada, surge uma guerra com potencial de envolver o mundo todo, se não diretamente na guerra, ao menos em suas consequências.
Como se equilibrar em meio a estas conturbadas e inesperadas oscilações?
Fácil não é e é muito mais difícil ainda se você estiver sozinho no cenário, sem parcerias efetivas, sólidas e confiáveis e é disto que pretendemos falar hoje, sobre como as parcerias são determinantes para superar qualquer tipo de crise ou desafio.
Contabilidade de resultados está mais para aquela parceria que discute com você as melhores soluções diante das possibilidades disponíveis.
Esqueça o conceito de contabilidade formal, este já não tem mais espaço, pois morreu engessado e esmagado pelo peso daqueles livros gigantes onde se faziam as anotações arcaicas de tempos e realidades passadas.
Ainda hoje, ao falarmos de contabilidade, muita gente associa o tema a uma imagem de senhores e senhoras formais posicionados em meio a livros físicos gigantes, ambientes escuros, móveis de madeira pesada e olhares analíticos congelados sobre números indecifráveis.
Não é de se estranhar esta percepção, afinal, durante séculos a contabilidade era exatamente isto, um canto escuro onde habitavam os personagens analíticos mais esquisitos do mundo, trabalhando com algo que ninguém jamais quis saber e nunca se imaginou alguém correndo feliz dizendo: “Que alegria, hoje é o dia mais feliz, pois vou ao meu escritório de contabilidade!”
Que pecado!
Tudo bem que não estávamos nos referindo à Disneylândia, mas daí a colocar um toque fúnebre no passeio, também é demais…
Ocorre que tudo mudou, o mundo mudou, as pessoas mudaram, a tecnologia e o conhecimento mudaram tudo e não seria diferente com a contabilidade.
Pesadas empresas tinham pesadas gestões, com pesadas equipes, pesados processos, diretorias pesadas e operações pesadas…
Ficaram para trás…
Os grandes e pesados foram engolidos pelos menores e ágeis que voaram na frente da evolução, sintonizados com as mudanças constantes, movidos por uma poderosa capacidade de adaptação.
Aliás, está comprovado pela própria evolução da vida em nosso Planeta, que força, tamanho e energia não são tão importantes e determinantes quanto a capacidade de adaptação, pois somente ela garante a verdadeira sobrevivência em meio a qualquer cenário.
Isto se propaga com vigor no universo empresarial, no mundo do empreendedorismo e tudo o que está associado a ele.
A evolução do mundo arrastando a evolução da contabilidade…
“Se a sua contabilidade não instiga seu pensamento e criatividade empresarial, então você precisa rever sua contabilidade”
(Carolina Monteiro Henrique – Consultora Contábil)
O bom é que o mundo não para de evoluir e isto define as coisas, não pelo que elas são, mas pelo que elas podem ser.
A contabilidade precisou mudar rapidamente, pois o universo do trabalho e dos empreendimentos vem passando por muita evolução conjunta, ao mesmo tempo, criando fluxos de soluções cada vez mais conectados com a inovação e a contabilidade precisa caminhar junto.
Os escritórios de contabilidade foram obrigados a assumir uma postura de consultoria, deixando em segundo plano suas atribuições executivas, de preencher guias, documentos e fazer cálculos e relatórios.
A parte pensada e criativa também chegou à contabilidade e vem provocando uma transformação importante.
Você ainda encontra empresas de contabilidade do estilo escritório executivo, e embora ainda sejam muitas, estão com seus dias fadados ao fim, porque todas as relações de pessoas, profissionais e empresas são muito mais dinâmicas, avançadas e urgentes.
Tudo isso exige muito mais de empresas de contabilidade, pois o foco passou a ser soluções objetivas, práticas, criativas e inovadoras, muitas vezes, para os mesmos e velhos problemas, até porque, eles são criados e gerados pelo conjunto de leis, que na verdade, mesmo sendo importante e regulador da atividade humana, em nossas culturas subdesenvolvidas tende a funcionar como uma “âncora” que retarda os movimentos do mundo corporativo, exatamente quando ele mais precisa de agilidade.
Engenharia financeira…
Os empreendimentos, quando de sua constituição e desde seu projeto, trabalham atrelados a um processo de engenharia financeira, quando tudo é projetado para o aporte de recursos necessários para que aquilo vire realidade.
Os processos cotidianos também dependem de custeio, de todos os tipos, desde os custos fixos atrelados ao negócio, quanto investimentos em insumos e execução.
Todo o ato de “pensar” a operação pelo ponto-de-vista financeiro, avaliando de onde vem, em que proporção e de que forma serão investidos os recursos, considerando as receitas, igualmente avaliando suas origens, entradas, montantes e prazos de realização, compõe uma ferramenta de decisão e de controle do projeto, que conhecemos como engenharia financeira e que é vital, desde antes mesmo da empresa acontecer, durante toda a sua existência.
Todo o gestor ou sistema de gestão minimamente preparado possui um robusto e confiável plano de engenharia financeira e isto não se discute.
Engenharia contábil…
Com a contabilidade não é diferente.
Já concordamos que ir ao escritório de contabilidade não é algo que nos deixe tão alegres quanto ir à Disneylândia, mas independente de opções humanas, a verdade é que uma empresa não respira e, portanto, não vive sem uma adequada estrutura e engenharia contábil.
Vivemos num mundo regulado por leis, num cenário conhecido como sociedade e estas relações sociais envolvem um Estado, que controla todas estas relações para que não sejamos apenas uma aldeia primitiva e tenhamos as condições de convívio e desenvolvimento, tanto no aspecto individual quanto em grupo.
Obviamente esta gestão possui um custo e é historicamente assim, como um condomínio que gera as soluções para as necessidades comuns, como segurança, infraestrutura, saúde e outras.
Isso gerou os tributos, que são recolhidos de diversas formas, abastecendo uma espécie de caixa governamental com os recursos necessários para a execução destas necessidades.
Este é o conceito e pessoas físicas e jurídicas, de alguma forma e de acordo com sua função e presença social, “contribuem” com parcelas de suas receitas, na forma de impostos, visando o custeio do que chamam de “máquina pública”.
(Interessante chamar um tributo de “imposto”, obrigar seu pagamento e depois chamar o pagador de “contribuinte”.)
A matriz tributária…
Cada segmento e atividade tem um tipo de matriz tributária, que nada mais é que o conjunto de impostos que atingem aquela atividade, instituição, profissional ou pessoa.
Existem empresas que pagam um tipo de imposto que outras não pagam, assim como também existem impostos que são comuns a todas as atividades.
Isto cria necessidades genéricas e específicas de controle contábil, que em sua essência, integra os aspectos gerenciais no âmbito de operação do negócio, determinando incidências, prazos, controles, tudo controlado por relatórios de informações gerenciais que apoiam decisões de rumos.
Uma matriz tributária complexa e cheia de variáveis como a nossa exige conhecimento amplo da realidade contábil, financeira e legal envolvida em todo o contexto e a isto se dá o nome de engenharia contábil.
Claro que a contabilidade possui muitas facetas e nenhuma delas importa mais do que uma visão de contabilidade de resultados.
Podemos divagar o quanto quisermos aqui e até reinventarmos a roda, mas discussões filosóficas sobre a contabilidade não vão mudar a realidade, ao menos não a nossa realidade objetiva.
Não é nossa pretensão falar o que você já sabe, e você já sabe o que é contabilidade, matriz tributária, engenharias financeira e contábil.
Este é só um ordenamento da narrativa, pois apenas conhecer as ferramentas, mas não saber como usá-las é a mesma coisa de não conhecer.
Queremos demonstrar que não importa o quanto você conheça de contabilidade, suas características, normas, leis, parâmetros, técnicas, práticas, convenções e tudo que envolva esta ciência exata, se você não estiver fortemente imbuído da crença de que nada deste conhecimento serve numa perspectiva de futuro, onde nada é tão exato assim.
Para que serve a contabilidade se não for para se adaptar ao novo, criar e inovar?
Não serve para nada, pois a empresa a qual ela presta serviços deixará de existir, já que o desafio e projeto existencial desta empresa (ou de qualquer outra) é se manter atualizada e caminhando com antecipação às tendências e inovações de sua atividade.
O grande desafio da atividade contábil nos dias atuais e daqui para a frente, se concentra em fazer tudo o que já faz numa perspectiva de se transformar numa contabilidade de resultados, onde o que ela produz a partir de sua função seja feito de uma maneira que proporcione impulso ao desenvolvimento de seus clientes.
Uma contabilidade de resultados produz uma engenharia contábil, é decisiva numa engenharia financeira, é indispensável num projeto de gestão de qualquer atividade e sempre é consultiva, o tempo todo, mas não uma figura consultiva passiva, que espera a demanda, e ao contrário, se mostra ágil, focando no futuro, capaz de apontar oportunidades contábeis, soluções criativas que proporcionem resultados efetivos ao negócio e por isto é vista com esta denominação específica de contabilidade de resultados.
O desafio da dinâmica da evolução…
Ninguém disse que é fácil se conectar com a realidade iminente, que ainda não aconteceu, mas que já se desenha.
Ficar sentado atrás de uma mesa pesada, lançando dados de operações realizadas pelos clientes é algo que já está automatizado na maior parte das operações.
Os sistemas informatizados cada vez mais completam processos que até bem pouco tempo eram realizados pelos pesados e arcaicos escritórios contábeis tradicionais.
Estruturas contábeis que tinham trocentos funcionários para “lançar” dados em sistemas contábeis e planilhas de controle.
Hoje não se faz mais isto, ao menos no tipo de contabilidade de resultados conectado com a modernidade.
Sistemas informatizados já colhem e distribuem a maior parte das informações diretamente a partir da própria operação cotidiana.
Relatórios de todos os tipos surgem em grande quantidade e profusão em tempo real, a qualquer momento, sem dificuldade nenhuma e com precisão praticamente absoluta.
Se ocorre um erro e distorção pode correr atrás porque fatalmente esta anomalia não está nos sistemas, mas na operação, ou seja, falha humana.
O desafio do profissional contábil dos dias atuais é conseguir rever sua própria atividade.
Não se trata de parar de fazer o que faz, pois a maior parte de sua operação existe apenas para abastecer procedimentos determinados por lei e realizar a conexão perfeita entre a empresa e suas obrigações legais, do ponto de vista tributário, fiscal e de RH.
A atividade em si já é engessada por sua própria razão de ser e isto não se discute.
A contabilidade de resultados, no entanto, caminha à frente da operação dos escritórios e afins, pois ela enxerga sempre com olhos consultivos, observando as condições, características e cenários onde o empreendimento de seu cliente atua e está sempre em busca de soluções contábeis, por menores que sejam e por mais insignificantes que possam parecer, mas que quando articuladas adequadamente, tenham o potencial de realizar resultados positivos representativos ao negócio.
Não perder é um grande ganho…
Uma das condições que a contabilidade de resultados costuma transformar quando de sua implantação é localizar inúmeras pequenas falhas contábeis, não apenas do escritório, mas da percepção tributária, dos posicionamentos de matriz tributária para esta ou para aquela atividade.
Uma empresa em matriz tributária equivocada não vai alertar o fisco para que ele acione a empresa e determine que ela está pagando “a mais” do que deveria pagar numa determinada situação.
Você quase nunca ouve falar de mensagens do fisco devolvendo dinheiro e alertando para pagar menos imposto, ao contrário, absurdos já foram identificados de empresas sendo multadas por terem pago a mais, por não saber de uma adequação tributária especial ou alguma outra vantagem não exercida.
Não são raros os casos de empresas que recolheram erradamente, para mais, durante anos e até décadas, até que alguém um pouco mais atento e com uma visão não tão engessada por padrões, resolveu analisar sob outro prisma aquele enquadramento tributário e percebeu que uma ou outra alíquota era menor, a partir de terminado patamar, ou até não deveria incidir, em função de uma alteração numa classificação tributária, mas mesmo assim, por seguir padrões engessados e com uma visão diminuída pelo hábito de seguir padrões, as guias eram emitidas sequencialmente e assim eram recolhidas pela empresa, sem nunca questionar, confiando no desempenho de quem acreditava ser competente para o exercício daquela tarefa tão determinante para o seu resultado.
Esta é a diferença entre a parte formal e naturalmente engessada da contabilidade e a contabilidade de resultados, que já é um atributo da contabilidade gerencial, algo que a maioria das empresas do setor ainda não consegue oferecer, e muitas delas não sabem nem dizer do que se trata.
Contabilidade de resultados compõe um verdadeiro diferencial competitivo de mercado e com potencial quase incomparável de oferecer e manter benefícios diante de sistemas tributários e fiscais famintos e vorazes.
Podemos discutir a podridão que assola nosso país do ponto de vista político, onde o fundo eleitoral que os políticos utilizam para abastecer seus bolsos é maior que o orçamento anual da quase totalidade dos municípios brasileiros.
Tudo isto é verdade e a fome tributária está diretamente ligada ao excesso de gastos no custeio da máquina pública.
O custo da corrupção no mínimo dobra o custo de funcionamento da máquina pública.
O valor dos desvios para bolsos políticos e partidários, que acontece em todas as esferas é gigantesco e faz com que os tributos tenham que ser elevados e cada vez mais espalhados em tudo.
Quando você compra um determinado produto numa loja o seu valor final já é quase 10 vezes maior do que seu custo e, o mais dramático, é que esta diferença não ficou na cadeia de lucro, pois é destinada à cadeia tributária, para sustentar a podre máquina pública que possuímos.
Feitos os devidos desabafos que se não transformam, ao menos aliviam um pouco a ferida (como quem dá uma espremida gostosa numa espinha crônica), conseguimos dar uma ideia do tamanho do desafio que cada cidadão, com ênfase ao empresário, precisa enfrentar para existir num mercado tão faminto pelo seu rico dinheirinho.
Ter o apoio de uma contabilidade de resultados, de uma estrutura profissional capacitada capaz de monitorar com precisão, o tempo todo, qualquer possibilidade, não de sonegar ou não cumprir a lei, mas de ter certeza que aquela condição tributária é a mais adequada para seu empreendimento, que aquele pequeno ajuste é capaz de dar os “milésimos de segundo” necessários em cada curva, para ao final da volta chegar meio segundo à frente e ganhar a corrida, é algo que qualquer empresa sabe valorizar como um diferencial inestimável e competitivo.
Se você é empresário sabe do que estamos falando e certamente, se ainda não tinha percebido o tema de forma tão clara, passou a entender sua real importância e seu olhar se tornará mais crítico em relação à sua contabilidade.
Se você é profissional contábil e tem a intenção de continuar existindo no mercado, então entende que não dá mais para se sentar em cima de velhos e tradicionais métodos de lidar com a contabilidade nos tempos atuais.
Tenha medo e questione tudo que é engessado na contabilidade.
Aprenda a não aceitar explicações do tipo “Isto funciona assim porque sempre foi assim que fizemos”.
Tenha a coragem de se transformar e se adaptar ao que a modernidade exige, pois o termo é exatamente este: “EXIGE”, e não há outra opção para a contabilidade que não seja se transformar rapidamente numa contabilidade de resultados práticos, reais, objetivos e permanentes.
Se a empresa do seu cliente não progredir quem quebra é você, pois ele vai procurar melhores soluções antes de quebrar o negócio dele primeiro.
Se você não está conectado com o futuro, seu cliente está e seu concorrente também.
“Se liga bico de luz!”