CONSTRUIR BONS AMBIENTES PROFISSIONAIS. IMPRESCINDÍVEL E DESAFIADOR

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Construir bons ambientes profissionais o desafio do líder moderno

Uma mudança de realidade

Construir bons ambientes profissionais o desafio do líder moderno
Uma mudança de realidade

Construir bons ambientes profissionais é um dos grandes desafios do mundo corporativo moderno, exatamente numa época em que o mundo passa por uma evolução tecnológica que afeta toda a atividade humana e com o trabalho não é diferente.

Construir bons ambientes profissionais é criar condições para que a criatividade e o talento consigam proliferar, evoluir e se sintam plenos para construir seus projetos de futuro.

As pessoas são a fonte da criatividade e do talento que movem o mundo e eles só se desenvolvem se o ambiente adequado para que as pessoas atuem esteja presente.

Pessoas são seres subjetivos, motivados por desafios e precisam de um ambiente propício e confortável para que seus talentos e capacidades possam fluir.

Não se aperta um botão e pronto, salta uma dose qualificada de talento, não funciona assim.

Ambientes limitadores (como são a maioria) tendem a tolher o talento e a criatividade, apagar sua chama, torna-lo obscuro e sumido.A pergunta que você deve se fazer é se o ambiente profissional que você oferece às pessoas que trabalham em seus projetos é adequado ao talento e ao desenvolvimento humano, pois além de não acontecer, o talento vai embora dos lugares onde ele não consegue se estabelecer.

Construir bons ambientes profissionais começa pelo reconhecimento desta necessidade

Reconhecer a importância do ambiente adequado
Entender prioridades

Construir bons ambientes profissionais inicia, basicamente, pelo reconhecimento das pessoas como principais ativos de sua empresa.

Somente pessoas podem mudar drasticamente a realidade de sua empresa (ou de qualquer outra).

Apenas as pessoas podem aportar ideias, soluções, alternativas, tudo proveniente de seu poder criativo, de sua capacidade de olhar as coisas de uma forma diferente do tradicional, não-sistêmicas, inovadoras.

Máquinas, sistemas, processos e infraestrutura não fazem isto, são apenas ferramentas da criatividade humana.

Por mais potentes e incríveis que sejam, máquinas, tecnologia e sistemas apenas executam ações programáticas, cada vez mais incríveis e fantásticas, é verdade, mas nenhuma delas com potencial inovador, já que nenhum sistema altera processos, inova ou cria, apenas executa.

A questão é que muita gente, muita gente mesmo, que atua com gestão de negócios tem uma espécie de prevenção quando o assunto trata de pessoas nas relações corporativas.

Isto é um elemento real da administração moderna e plenamente justificável através da história.

Nos países de cultura latina isto é muito sentido, dado o perfil das relações das pessoas com o trabalho, que é bem diferente do que acontece em países de primeiro mundo, onde tudo é bem mais evoluído.

Um histórico de relações engessadas entre empregador e empregado construiu uma imagem de seres antagônicos, onde o empregador é visto como vilão pelo empregado e vice-versa.

No meio de tudo, um sistema legal arcaico, superprotetor que não protege quase nada, incompetente em estabelecer níveis aceitáveis de satisfação entre todos os envolvidos no processo.

Entenda como incompetente, aquele sistema que é acusado por todos os lados de beneficiar o outro.

O empregador entende o sistema legal brasileiro como superprotetor do empregado e o empregado tem o mesmo pensamento, só que ao contrário, entendendo que o sistema protege o empresário, ajudando a explorar o trabalhador.

Quando isto acontece, seja qual for a situação, fica evidente que os mecanismos de controle, no caso as leis, não são adequadas e pertinentes ao propósito para o qual existem.

A globalização de tudo…

A globalização colocou um tempero novo neste angu, a partir do momento que conectou cenários e expos diferenças nas relações entre capital e trabalho através do mundo, com referência especial aos países mais desenvolvidos.

A tecnologia da informação trafega em tempo real e todas as pontas estão conectadas através de uma internet que não para de evoluir.

A evolução é diretamente ligada à capacidade de proliferação da informação.

Quanto mais rápido a informação trafega, mais ela evolui os lugares por onde passa e isto é a marca mais consistente dos tempos modernos, a conectividade.

Esta conectividade espalha conhecimento através do mundo, por onde houver uma conexão com a internet é possível acessar quase todo o conhecimento do mundo e isto transforma.

No universo corporativo estas transformações são mais observadas, pois como em tudo na atividade humana, atuamos por comparação.

Desde o tempo das aldeias primitivas observávamos como a aldeia vizinha resolvia seus problemas e ideias inovadoras eram rapidamente aplicadas, transformando também o nosso ambiente.

No mundo das empresas as comparações foram observadas, em primeiro lugar, pelos resultados que uma empresa de um determinado lugar conseguia estabelecer, em relação à mesma atividade em um lugar e realidade diferente.

Porque uma empresa de produção de medicamentos no Canadá tinha um desempenho e resultados melhores que uma empresa similar operando na América Latina?

Porque uma padaria na Inglaterra obtinha melhores resultados, com uma produção maior e um grau de satisfação superior que o mesmo negócio na Oceania?

Porque um fabricante de móveis de Israel produzia mais, melhor e mais barato que um fabricante de móveis nas Filipinas?

Este tipo de questionamento despertou no mundo em relação a quase todas as atividades humanas existentes e quando o Ser Humano é instigado em sua curiosidade, ali estará semeada a semente da inovação.

Na perseguição às respostas, um novo mundo começou a surgir.

O intercâmbio de informações transferiu conhecimento através do mundo e, na medida do possível, padronizações foram resultantes dos processos que davam certo, aplicadas nos mais diversos ambientes e, se não deixavam os resultados iguais aos originais, ao menos melhoravam muito os resultados já existentes nos lugares nem tão desenvolvidos.

Todo este movimento passou a ser conhecido como globalização.

O mundo passou a ser o que é efetivamente: global.

Fronteiras físicas ainda existem, mas o Planeta se tornou completamente interligado e as relações humanas também.

Qualquer pessoa pode falar, proliferar ou obter conhecimento com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo, não importa onde estejam, basta uma simples conexão com a internet.

Esta globalização que expõe o problema é a mesma que faz nascer a solução, como nas aldeias, só precisamos observar, termos a capacidade e sensibilidade de compreender e aprender, colocar em prática, evoluir, aplicar e aperfeiçoar continuamente.

As pessoas como diferencial…

Foi neste ponto que o mundo corporativo começou a perceber a importância das pessoas na construção de resultados vencedores.

A Revolução Industrial exigia mão-de-obra qualificada para apertar seus parafusos das linhas de montagem,

Os sistemas de educação passaram a focar na produção de apertadores de parafusos.

Isto amarrou uma âncora no tornozelo do desenvolvimento das pessoas no ambiente profissional, ao menos no universo dos países menos desenvolvidos, onde a cultura do empreendedorismo foi sufocada pela cultura da CLT, dos “dereitos”, da aposentadoria e do “Ainda bem que Sextouuu!” e “Que inferno que chegou esta segunda-feira!

Mas o mundo continuou se movendo, normalmente puxado pelas culturas mais desenvolvidas, que entendiam primeiro como tudo funcionava melhor, aplicava e os resultados continuavam sendo superiores.

No ciclo da comparação a evolução se instalou.

Num segundo momento, depois dos “apertadores de parafusos”, surgiram os “realizadores de tarefas”, pois como outros processos mais complexos começaram a chegar no mundo profissional, pessoas mais qualificadas precisariam operar sistemas, equipamentos e processos cada vez mais complexos e se formaram os técnicos.

Técnico disto, técnico daquilo, técnico de quase tudo…

Boas pessoas, bons profissionais, mas para que padrões de qualidade fossem estabelecidos surgiu a padronização, que nada mais é do que colocar todo mundo a pensar “dentro da caixa”, de forma igual, repetitiva, constante, para garantir a qualidade em padrão.

Ótimo, pois muito do desenvolvimento humano surgiu do compromisso com a Qualidade Total, algo que permitiu a grande evolução industrial que experimentamos nos últimos 50 anos, onde evoluímos neste tema, muito mais do que evoluímos nos 10 mil anos anteriores de história humana em nosso Planeta.

Ocorre que, quando você amplia a satisfação também amplia as expectativas e as pessoas consumidoras de quase tudo passaram a exigir cada vez mais.

Nosso poder de criação e inovação já estava muito exigido e criar alternativas inovadoras, surpreendentes e valiosas era cada vez mais complexo e difícil.

Os maiores se deram conta que inovação, criatividade e ideias transformadoras não surgiam de sistemas, processos e infraestrutura, nem mesmo de toda a tecnologia do mundo reunida, não era possível, dependia de pessoas…

Este é o novo caminho do mundo, pois até então era apenas discurso motivador, assim como quem motiva o burro a continuar puxando a carroça, pois nós dois seremos felizes quando chegarmos ao destino, mesmo que quando isto acontecer, minha felicidade será porque chegamos, mas por motivos diferentes…

Eu porque estarei feliz, com os meus e o burro porque parou de sofrer e pode descansar, até a próxima jornada, pois afinal de contas, foi ele que puxou a carroça e seu prêmio é parar de sofrer.

As pessoas tinham sido engessadas, encaixotadas por políticas e métodos pesados, limitantes, coordenados pelo tal RH, que é fruto do absurdo de pegarmos o principal ativo de uma empresa, as pessoas, e transformá-las num mero “recurso”, como uma mesa, uma cadeira ou um computador.

Ainda por cima, criamos faculdades de RH, ensinando técnicas e métodos de encaixotar pessoas e seus pensamentos corporativos.

Em algum momento, algum iluminado, por evolução, acabou descobrindo que o que o mundo precisava, o grande diferencial competitivo de uma empresa, em qualquer segmento, só aconteceria partindo de uma pessoa, não de processos, nem de sistemas, muito menos de estrutura e tecnologia…

Somente pessoas poderiam oferecer o ingrediente essencial em qualquer transformação: criatividade.

Criatividade é o combustível da inovação e é isto que se persegue: INOVAÇÃO.

É a inovação que atrai, que resolve problemas das pessoas tornando a vida mais fácil e agradável e é isto que as pessoas buscam: experiências.

Mas como gerar inovação se as usinas de inovação, as pessoas, não podem inovar, ser criativas, pois estão ocupadas apertando botões ou operando processos complexos e padronizados, orientadas a repetirem tudo com precisão e eficiência, para manter a qualidade?

De fato, nossa Ferrari não poderia participar da competição veloz para a qual foi feita porque estava ocupada transportando encomendas com uma plaquinha de “táxi” no teto.

Ou nossa Kawazaki Ninja não poderia desbravar a aventura do potencial de uma máquina feita para aquilo, pois estava ocupada com um “baú” improvisado em sua rabeta, fazendo tele-entrega de pizza.

O componente humano finalmente foi reconhecido…

Finalmente o universo corporativo começou a ver o elemento humano, as pessoas, como o principal ativo de qualquer empresa.

Isto ainda engatinha do ponto de vista global, mas quem é líder em seu segmento já chegou a esta posição porque percebeu isto primeiro, que o fundamental é ter pessoas preparadas, motivadas, capacitadas e, sobretudo, comprometidas com o projeto da empresa, dispostas a oferecerem o melhor de seu potencial e habilidades para atingir objetivos cada vez mais desafiadores.

Você não consegue isto apenas determinando tarefas, analisando índices, remunerando e oferecendo recursos tecnológicos e estruturais para o cumprimento das tarefas.

É lógico que isto é importante, mas isto não é tudo e não adianta nada tudo isto se a pessoa simplesmente não quiser dar o melhor de si, mas por necessidade, manter uma aparência de dedicação, que vai “enrolar” a relação por longo tempo, até que um dia, quem sabe já tarde demais, fique evidente o seu não comprometimento com aquilo que se esperava dela.

É neste ponto que construir bons ambientes profissionais passou a ser relevante, porque os melhores talentos descobrem que são bons e, como tal, passam a ser disputados pelas melhores empresas, com melhores ofertas e perspectivas profissionais.

O desafio ganhou novos contornos e mudou de figura.

O que antes se resumia a estabelecer e cumprir padrões passou a ser focado em como conseguir talentos relevantes para a operação e desenvolvimento de soluções inovadoras e, mais ainda, não se tratava apenas de descobrir e conquistar estas pessoas, mas como mantê-las envolvidas, comprometidas e presentes no projeto da empresa?

A resposta que surgia era sempre a mesma: elas só se engajariam e permaneceriam se quisessem.

E muitos se enganaram acreditando que a remuneração farta e bônus extras eram suficientes para atrair e manter pessoas.

Com o tempo, as próprias pessoas descobriram que não trabalhavam apenas por remuneração.

Um estudo realizado em 2018 por uma instituição espanhola, envolvendo mais de 40 mil entrevistados declarou, para surpresa geral, que remuneração era apenas o terceiro motivo pelos quais as pessoas trabalhavam e que o primeiro, isolado na liderança, era RECONHECIMENTO.

A situação que se apresentava, desde então era simples: como atrair talentos, motivar, criar condições para que entreguem o melhor de seu potencial e permaneçam ali, sem ceder às ofertas tentadoras da concorrência?

Por isto a evolução de qualquer empresa, em qualquer segmento da atividade humana, passa necessariamente pela consciência e ação na direção de construir bons ambientes profissionais.

Pessoas precisam de motivação constante

Motivação é o combustível das pessoas
O que nos move?

Construir bons ambientes profissionais é mais que uma política momentânea ou “da moda”, se constituindo no principal aspecto de estratégia de um empreendimento.

É sabido que precisamos dos melhores trabalhando em nosso projeto para que tenhamos os melhores resultados e, assim, possamos estar em condições de competição dentro de um mercado cada vez mais desafiador.

Ninguém nega esta lógica.

Claro que ainda existem os reativos, que buscam negar a realidade em função de sua aversão pelas pessoas, sua dose de psicopatia, que faz com que as pessoas não sejam vistas como solução, mas como parte do problema.

Quem não convive com pessoas assim em todos os ambientes?

Obviamente todos já ouviram expressões raivosas se referindo a “essa gente”, quando se refere a trabalho.

A verdade é que sim, pessoas são complicadas e, principalmente nas culturas subdesenvolvidas, são inconfiáveis, indolentes, desleais e uma série de outros adjetivos nem tão agradáveis e positivos, mas isto não altera a realidade de que sim, pessoas são o principal ativo de uma empresa.

Isto só faz aumentar seu desafio onde, primeiro, você precisa encontrar as pessoas certas, em segundo, criar condições para que elas entreguem o melhor de si com qualidade e comprometimento e, terceiro, depois de todo este esforço, construir bons ambientes profissionais para que estas pessoas queiram permanecer ali.

Uma receita complexa precisa ser usada para conseguir encontrar as pessoas, criar as condições de desenvolvimento de seus talentos e habilidades e manter as pessoas comprometidas e interessadas em permanecer ali.

A receita envolve vários fatores, que consideram múltiplas variáveis de atração e consolidação da relação profissional e isto consiste em criar bons ambientes profissionais.

5 elementos para construir bons ambientes profissionais:

Os ingredientes para construir bons ambientes profissionais
Prepare a receita

Construir bons ambientes profissionais é uma tarefa desafiadora, pois estamos lidando com pessoas e elas são subjetivas e personalizadas, ou seja: DIFERENTES entre si.

Nem todos gostam das mesmas coisas e as preferências são múltiplas, o que complica muito o desafio.

Mas como então construir bons ambientes profissionais, capazes de atrair e reter talentos?

Embora as pessoas sejam diferentes entre si, com características personalizadas e personalistas, ainda assim são pessoas, da mesma espécie, com os mesmos princípios evolutivos, a mesma linha instintiva poderosa que nos iguala enquanto espécie.

O caminho é oferecer o essencial com excelência e isto envolve alguns ingredientes que não podem faltar quando se vai construir bons ambientes profissionais:

1 – Ambientes propícios à evolução pessoal e profissional:

Para construir bons ambientes profissionais é preciso considerar obrigatoriamente que este ambiente não seja apenas agregador e motivador, mas que tenha e ofereça potencial para que as pessoas, a seu modelo e de acordo com seus projetos de vida, consigam perceber que ali é um lugar que proporciona a evolução como Ser Humano e como profissional.

A pessoa precisa entender que a sua atividade acaba criando meios e caminhos para que ele se aprimore sempre, se mantenha competitivo ao nível dos melhores e que isto pode ser percebido no seu cotidiano, com a amplitude de suas responsabilidades e as condições para aumentar seu conhecimento e eficiência, agregando valor real ao seu perfil como pessoa e como profissional.

2 – Ambiente participativo e descentralizado:

Existe muito pouco espaço para chefias e mesmo para lideranças engessadas nos dias de hoje no universo corporativo.

Ser líder, hoje em dia, é ter a capacidade de lidar com múltiplos talentos e interesses pessoais e profissionais das pessoas envolvidas nos projetos.

Mandar” é uma expressão que nem pais e juízes utilizam mais, e quando você lê aquela notícia de que um juiz “mandou” alguém fazer algo, parece uma agressão aos sentidos, pois destoa do que parece ser adequado às relações humanas.

Concentrar objetivos e unificar energias na realização de metas coletivas, que pertencem a todos, que participaram da compreensão e construção das metas, que opinaram e contribuíram para a construção do projeto, que possuem voz ativa no gerenciamento de tudo é o papel do novo líder e construir bons ambientes profissionais precisa considerar o envolvimento pleno de todos os envolvidos neste processo.

3 – Remuneração compatível:

Mesmo não sendo o principal motivo pelos quais as pessoas trabalham, a remuneração é sim um fator importante e determinante de satisfação, pois além de cumprir com as necessidades existenciais humanas, também é uma ferramenta de reconhecimento.

Programas de remuneração atraentes envolvem a participação nos resultados obtidos, de diversas formas, como também elementos mais modernos, como os mecanismos de remuneração por habilidades, onde as pessoas ganham por sua melhoria constatada nas habilidades que possuem, sempre em evolução constante.

A verdade é que os sistemas de remuneração deixaram de ser salários engessados e que cumprem padrões igualmente encaixotados e limitantes, passando a engenharias inteligentes, envolventes e motivadoras.

4 – Humanização de ambientes e relações:

Um outro elemento frequente quando se fala em construir bons ambientes profissionais é a construção de cenários onde a humanização seja percebida, onde as pessoas se sintam valorizadas como seres essenciais e se sintam bem em estar ali.

Um lugar de onde as pessoas não queiram sair e se sintam motivadas a voltar logo e retomar o ciclo de produção, criação e convivência.

Observamos fartamente exatamente o contrário, quando se impregna em nossa cultura expressões como “Oba, Sextou!” ou “Que droga que chegou a segunda-feira!”.

5 – Reconhecimento:

Este é o principal fator de atração e manutenção de pessoas junto a uma empresa, de qualquer segmento.

Pessoas precisam se sentir reconhecidas em importância e relevância para os projetos dos quais participam.

Remuneração é uma importante forma de reconhecimento, mas ao contrário do que a maioria pensa, não é a única, pois reconhecimento brota de uma série de percepções, como os espaços que a pessoa possui para expressar suas ideias, o quanto ela consegue contribuir para a evolução dos processos, de que forma ele se enxerga no contexto empresarial, o seu grau de influência no ambiente profissional e sua inserção no conjunto de valores da empresa.

São múltiplos os fatores que denotam o grau de reconhecimento das pessoas por parte da empresa e os mais relevantes são aqueles que são aplicados a partir da direção, não por processos, mas por atos empenhados pelos líderes, pelos apertos de mão, pelos elogios sinceros, pelas críticas construtivas, pela convivência, pela demonstração de como são relevantes e representativos os esforços e investimentos que a empresa faz na valorização de suas pessoas.

Construir bons ambientes profissionais é a parte mais importante das tarefas de um líder

O principal papel de um líder
Exercendo a verdadeira liderança

Construir bons ambientes profissionais é muito mais do que simplesmente montar uma equipe e colocar todo mundo na trajetória do que a empresa espera e pretende.

O primeiro passo é descer do trono e tirar da cabeça a ideia de que tudo o que importa é o que importa para a empresa e, pior ainda, que o importante é o que o “dono” quer e deseja.

Isto repele pessoas inteligentes e capacitadas, que vão buscar a realização de seus projetos de vida em outro lugar, pois já sabem, por sua própria inteligência, que não precisam trabalhar para a realização de projetos dos outros, se podem trabalhar na construção de seus próprios projetos de vida.

Porque vou dar meu esforço, suor, dedicação e tempo de vida para alguém que não me proporciona nada em troca além de dinheiro?

Vai longe o tempo onde pessoas trabalhavam por dinheiro apenas.

Um líder moderno, capaz de gerar resultados importantes através de evolução permanente precisa do melhor que as pessoas possam oferecer e sabe que isto só acontecerá se elas quiserem.

Não importa o que ele faça, pois se não estiver sintonizado com o que as pessoas esperam de suas próprias vidas, simplesmente não vai acontecer.

Pode ser que num universo de pessoas despreparadas ele encontre quem atenda seu chamado, mas jamais seus interesses, pois elas estarão ali para atender seus próprios interesses, nem que isto envolva fazer aquilo que fazemos de melhor, dissimular e representar papéis e isto levará a empresa ao fracasso.

Se tornar e se manter competitivo nos dias atuais e cada vez mais, estará ligado à capacidade de construir bons ambientes profissionais, atraentes, envolventes, motivadores, evolutivos e verdadeiros, pois pessoas talentosas sabem o que querem e estão muito preparadas a avaliar o potencial do que lhe é oferecido, quando confiam no projeto se entregam profundamente àquela realização, mas quando percebem alguma atuação da liderança que não é compatível com o discurso, primeiro se desmotivam e logo em seguida partem, pois sabem que o tempo é precioso e elas possuem um projeto de vida para realizar.

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