COMPLIANCE CONTÁBIL. A IMPORTÂNCIA DE PREVINIR PARA NÃO PRECISAR REMEDIAR

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Compliance contábil. Uma obrigação

Não há como viver sem

Compliance contábil. Uma obrigação
Não há como viver sem

Compliance contábil é uma condição de regularidade com todas as operações que envolvem o controle contábil de qualquer empreendimento e quando se fala de compliance contábil estamos nos referindo a um padrão de otimização de cumprimento de normas, leis, procedimentos e adequações no trato contábil do negócio.

Compliance se explica a partir da própria expressão, basta entender o seu significado em nosso idioma e sua aplicação já fica clara.

O termo compliance nasce de um verbo pronunciado em inglês, “to comply”, que significa “cumprir”.

Deduzimos que compliance, portanto, é o estado de cumprimento de normas e regulamentos de todos os tipos num determinado segmento de análise, além das políticas e diretrizes estabelecidas para o negócio e para o empreendimento, com objetivo de agir adequadamente e de prevenir eventuais infrações, desvios ou inconformidades que possam ocorrer, no nosso caso, na contabilidade.Nosso objetivo neste conteúdo é falar sobre o tema que se torna cada vez mais imprescindível na realidade cotidiana de empresas de todos os portes, pois o aprendizado com punições e sanções nos ensinou a manter tudo certo em todas as esferas do negócio, pois a prevenção é sempre o melhor de todos os remédios.

Compliance contábil. O que é e como se aplica

O que é e como se aplica
Como produzir e apliar

Compliance contábil é um conjunto de normas e diretrizes que seguem um padrão de confiabilidade aceita tanto interna, quanto externamente no âmbito empresarial, tanto pelo mercado, quanto por órgãos reguladores e fiscalizadores.

Estas diretrizes e padrões possuem o objetivo de garantir segurança e transparência dos processos relacionados ao comportamento contábil e de gestão.

É evidente a necessidade de cuidado especial com um departamento que cuida da essência da controladoria do empreendimento, já que é deste setor que partem todas as bases de resultados e de operação da empresa.

Podemos considerar 3 categorias que englobam este conjunto de diretrizes que orientam o compliance contábil…

Gestão de riscos…

A gestão de riscos é uma das partes mais elementares do gerenciamento, já que todos sabemos que em 100% das operações de qualquer empresa existem riscos e nada mais natural e lógico do que prevenir, entender, analisar e controlar os riscos.

Focar nos problemas e na sua prevenção, visando a otimização de processos internos e externos, como as auditorias, por exemplo.

A gestão de riscos busca identificar possíveis inconsistências em dados e documentos, o que acontece através de uma profunda verificação de contas, demonstrações e todos os documentos importantes e que possuam viés de apontar falhas, de registros ou processos.

O interessante na gestão de riscos é o profundo estudo da raiz dos problemas, não apenas para resolver, mas para prevenir e evitar que aconteçam, pois muitos tipos de problemas na empresa tendem a acontecer muito e tendem a se tornarem invisíveis ao olhar cotidiano.

Gestão de processos…

A gestão de processos atua na padronização daquilo que funciona, além da identificação de anomalias, para que sejam eliminadas, corrigidas e que o processo imperfeito volte à perfeição e também seja padronizado.

O princípio é ampliar qualidade e eficiência e por isto são fundamentos do Modelo de Gestão pela Qualidade Total (TQC).

Uma empresa que atua com gestão positiva atua em cima de controles, já que gerenciar é atingir metas e atingir metas é eliminar anomalias, e por sua vez, o que aponta as anomalias são os indicadores, então gerenciar é monitorar indicadores.

Concluímos que os indicadores e dados que os compõem são o principal ingrediente de uma gestão profissional bem sucedida.

Indicadores precisam ser monitorados o tempo todo, pois são os monitores que orientam decisões.

No universo da contabilidade os indicadores são absolutamente tudo, pois é daquele setor que emanam todos os vetores da decisão global do empreendimento.

Quando falamos de compliance na gestão de processos pretendemos dizer que este mecanismo gerencial visa reduzir erros de todos os tipos em relação às regras que regem a empresa, tanto internos quanto externos.

Gerenciar processos é conhecer profundamente a empresa, criando, aplicando, melhorando mecanismos de otimização das rotinas, incluindo as contábeis, cuidando da transparência, clareza e integridade das informações.

Governança corporativa…

Governança é a forma como as coisas são feitas, a filosofia gerencial, o modus operandi da gestão e todo o conjunto de decisões gerenciais que moldam o caminho do negócio.

Políticas e estruturas voltadas à fiscalização, controle, documentação, tudo com objetivo de manter a integridade moral e ética do negócio.

A governança define e controla a execução de tudo a partir dos valores do empreendimento e numa boa condução, a empresa evita problemas e empecilhos aos resultados e em extensão, à sua imagem e personalidade corporativa.

Como adotar este modelo na empresa

Um processo cultural
Parte da cultura da empresa

Um compliance contábil oferece múltiplas vantagens à empresa, sobretudo na gestão dos riscos, reduzindo a ocorrência de fraudes e desvios, pelo lado do delito intencional e da imperfeição involuntária, quando não existe intenção, mas se erra mesmo assim.

Um compliance contábil aprimora a tomada de decisão e aumenta a credibilidade global da organização.

É preciso reconhecer que a implementação de um compliance contábil requer esforço, energia e técnica e que não é exatamente fácil, embora seja imprescindível para uma operação e evolução sadios.

Os principais componentes do Plano de Ação da implementação do compliance contábil são…

  • Elaboração e implementação de um regulamento interno que tenha alinhamento com as normatizações legais, morais e éticas;
  • Estabelecimento de uma rotina de inspeção, auditoria e controle das práticas contábeis;
  • Mapeamento completo de todas as atividades que envolvam a contabilidade, direta ou indiretamente;
  • Consideração e respeito aos objetivos do empreendimento e do seu setor de contabilidade;
  • Manter medição permanente de riscos em cada período pré-determinado;
  • Documentar todos os regulamentos de atuação em forma de regimento interno, envolvendo todas as informações de comportamento profissional na execução de todas as tarefas;
  • Manter atualização e evolução constante em sintonia com as movimentações legais;
  • Constituir uma espécie de comitê de compliance, que valida e certifica a qualidade das execuções na empresa, com um fluxo funcional proativo;
  • Manter programa permanente de treinamento específico em compliance para toda a equipe;
  • Centralizar e distribuir as informações de compliance para todos os envolvidos com fins de melhoria contínua e aprendizado.

Como tudo isto ajuda na gestão

Compliance contábil. Apoio à gestão
Ferramenta de gestão

Além de estruturar o controle e a auditoria permanente, dando ao empreendimento um maior nível de segurança quanto às suas práticas, um compliance certifica a qualidade dos dados, que montam indicadores, que são importantes para embasar as decisões gerenciais em todos os níveis.

Quando se estabelece um programa de compliance, incluindo o compliance contábil, todos os personagens da empresa passam a confiar nos processos e por consequência, nas decisões, o que estabelece níveis consideráveis de credibilidade.

No caso do compliance contábil, uma boa configuração destas políticas interfere diretamente no valor global do negócio, o que se reflete objetivamente nos mercados de ações e na precificação do negócio em si.

Uma empresa com compliance contábil caminha com mais desenvoltura no universo dos investimentos, da capitalização, das relações com os órgãos reguladores e tudo fica muito mais facilitado.

O contrário também é verdadeiro e as empresas que não cuidam de sua confiabilidade gerencial da informação passam a ser vistas com um olhar menos generoso e tudo fica muito mais complexo, pois cada passo evolutivo depende de análises cada vez mais complexas nos procedimentos, documentos e práticas do negócio, o que resulta em atraso e muitas vezes, a negativa da busca de enquadramentos e situações mais vantajosas para a empresa, sem falar em linhas de financiamento e investimentos.

Compliance contábil é essencial para qualquer empresa

Compliance contábil é oxigênio
Fundamental para uma gestão de responsabilidade

Compliance contábil é indispensável para a maturidade de gestão do negócio, pois não é possível avançar no desenvolvimento corporativo sem a construção de uma base gerencial sólida e confiável.

Um gestor responsável vai adotar o compliance contábil em qualquer circunstância, mas em primeiro momento, por pura e simples inteligência.

Quando se tem a confiança do aperfeiçoamento dos controles, a confiança nos processos e respectivos processos também dá maior segurança decisória.

O profissional de contabilidade é um vetor relevante na construção de políticas de compliance confiáveis.

Não existe mais espaço para profissionais com postura passiva diante deste tipo de demanda e o que se espera de alguém em sua posição é uma atitude proativa, buscando para si a responsabilidade de propor, equacionar, operacionalizar e executar os procedimentos de compliance contábil, desde a orientação da gestão no sentido de adotar as políticas, até a análise de cada projeto de criação e implementação, já que cada empresa possui suas características que facilitam ou atrapalham uma iniciativa como esta.

Cabe a este profissional centralizar a execução do projeto, sendo ponte efetiva entre o topo da gestão, suas necessidades e os caminhos para a construção dos elementos, procedimentos e técnicas necessárias à construção de um sistema de compliance contábil efetivo e funcional.

A verdade é que compliance contábil é mais que um processo, sendo uma cultura e não funciona se a empresa não tiver uma visão objetiva de sua importância, como instrumento de controladoria, de integridade de gestão, e que é como espelho e reflexo de uma postura digna, ética e moral do empreendimento diante do mercado e do conjunto do cenário onde está inserido.

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