Automatização e inteligência contábil são, na verdade, uma coisa só, onde a tecnologia cria as condições necessárias para as empresas conseguirem manter o nível de controle que a competitividade moderna exige.
Vamos passear de navio…
Imagine aquele maravilhoso navio transatlântico, de cruzeiro, gigantesco, que mais parece um prédio flutuante de 12 ou 15 andares, um verdadeiro condomínio de luxo…
Agora tente imaginar as operações de manobra deste gigante em cada ponto onde precisa atracar, nas suas chegadas e saídas dos portos que visita.
Agora imagine que este navio é uma empresa e tente entender como esta empresa se movimenta no mercado, tudo o que cerca seus movimentos, todos os processos complexos que estão conectados entre uma “ordem do comando” até a sua efetiva realização…
Agora imagine uma pequena lancha potente, leve, construída com alta tecnologia, capaz de conduzir menos carga, mas com uma incomparável capacidade de manobra e velocidade…
Imagine esta lancha como uma empresa e perceba a maior facilidade de movimentar processos desde sua decisão até sua realização…
O cenário empresarial também é assim…De um lado pesadas estruturas, com dificuldade de se movimentar, independente do tamanho (até porque empresas sem avanços tecnológicos, automatização e inteligência contábil, não crescem ao porte de “grandes e poderosos navios”), tendem a naufragar muito antes ou depois de um dia terem sido grandes, se reduzem a pequenas canoas a remo, que costumam navegar à deriva da correnteza.
Automatização e inteligência contábil são a essência do que o próprio nome sugere e é preciso ter cada vez mais cuidado com a expressão “inteligência”, pois ela tem se tornado cada vez mais dinâmica e abrangente.
Até bem pouco tempo nem se considerava que um empreendimento pudesse manter uma estrutura de inteligência.
Era um “chefe” lá em cima mandando e quem fosse prudente que obedecesse.
Em muito casos isto mudou pouco, mas as empresas que ainda oferecem resistência à realidade moderna passam por cada vez mais esforços tentando unir tradições antigas que não cabem mais na gestão contemporânea à competitividade cada vez mais exigente de um mercado em transformação constante e exponencial.
Nosso papo é sobre isto, sobre o salto que as empresas deram quando começaram a aplicar automatização e inteligência contábil em suas operações e o destaque que passaram a ter em relação a si mesmos e ao seu segmento de mercado.
Porque alguém é líder?
Provavelmente seja necessário unir vários motivos que constroem a liderança de uma empresa em seu segmento de mercado e realmente é difícil apontar o motivo, ou o conjunto de motivos que fazem uma empresa chegar ao topo da pirâmide em suas propostas, já que as certezas são poucas, mas algumas são incontestáveis, a começar pela mais relevante: não é por acaso.
Nos dias atuais e para falar a verdade, em todos os tempos, o fundamental sempre foi o controle.
A primeira característica comum a todos os empreendimentos de sucesso é o alto nível de controle que a gestão possui sobre todas as suas operações e o modelo de gestão.
Gerenciar é atingir metas e atingir metas é encontrar e eliminar as anomalias, que são os desagradáveis elementos que afastam as metas de sua realização.
Um gestor profissionalmente correto elimina estas anomalias e com isto os resultados se realizam.
Simples assim.
O processo de identificação das anomalias se dá através do acompanhamento de indicadores que apontam quando algum resultado não está acontecendo e por óbvio, cabe ao gestor, num de seus principais papéis, construir estes indicadores a partir do Plano de Objetivos (PO) e monitorar constantemente as movimentações, pois serão elas que levarão ao encontro das anomalias tão perseguidas.
Algumas empresas são líderes em seu segmento porque se deram conta desta necessidade de controle absoluto, atuação imediata sobre as anomalias e padronização de processos vencedores.
O que queremos dizer é que existem pessoas gerencialmente altruístas que conseguem saltar para além das suas próprias e naturais vaidades humanas e se entregam ao que realmente precisa ser feito.
De uma forma geral, um gestor líder é o personagem que mais trabalha numa empresa, ao contrário da imagem romântica do executivo cheiroso sentado num verdadeiro trono dando “ordens napoleônicas”.
A grande revolução moderna aconteceu quando os primeiros e mais inteligentes gestores começaram a se conectar com o chão da fábrica, a vivenciar as suas operações, quando o “Povo da Montanha” finalmente se deu conta da importância de se conectar com o “Povo da Floresta” e juntos formarem uma única nação vencedora.
É este espírito de trabalhar para a empresa (e não o contrário) que fez com que gestores, associados a pessoas motivadas e preparadas levassem, juntos e em harmonia, as empresas às suas lideranças consolidadas.
Eu disse consolidadas?
Nossa!
Perdoe!
Esta é uma outra faceta interessante sobre a história da gestão de negócios, porque hoje em dia e cada vez mais em direção ao futuro, ninguém mais está definitivamente consolidado.
Até mesmo gigantes de seus setores (até por serem gigantes) estão enfrentando dificuldades cada vez maiores em suas movimentações transatlânticas num mercado repleto de lanchas e pequenos iates, rápidos e eficientes, com uma capacidade incomparável de manobra.
Olhe em volta e veja quantas grandes empresas estão simplesmente desaparecendo como areia entre os dedos, derretendo embaixo do “traseiro” onde seus gestores sempre estiveram sentados.
A questão de adotar e implementar o conceito de inteligência em sua empresa não é mais uma opção, aliás, já existem até nomes bonitos para isto, como BI (Business Intelligence), onde se cria o conceito de que a empresa tem um cérebro, que não é o do dono, mas um conjunto de inteligência formado pela soma de todas as inteligências possíveis e alcançáveis.
É este “centro pensante” da empresa, que é alimentado em tempo real, full time, que acompanha, avalia, controla e decide sobre tudo o que acontece no complexo do empreendimento.
De uma maneira geral, a resposta à pergunta de porque uma empresa vira líder é que ela conseguiu, antes das outras, entender a necessidade de unir todas as inteligências ao seu alcance, se abastecer de todas as ferramentas necessárias e disponibilizar os melhores e mais motivados talentos em perseguir objetivos ousados, inovadores, focados em identificar e eliminar anomalias, dando fluidez aos seus processos e, com isto, entrando num fluxo de melhoria contínua, enquanto a maioria apenas observava.
Um ingrediente acelerador de toda esta transformação foi (e tem sido) a tecnologia.
É fascinante falar a respeito, porque a tecnologia cresce exponencialmente.
Não estamos falando de uma plantação de alfaces, onde os tempos de cada planta ou ciclo precisam ser hermeticamente respeitados.
Estamos falando de um elemento que se auto multiplica, se retroalimenta e se renova a cada segundo.
Imagine que você cria um chip, com alta capacidade de processamento, que lhe permite realizar milhões de cálculos num “pentelhésimo” de segundo…
Imagine a revolução (evolução) que esta descoberta proporciona na construção de máquinas, equipamentos e sistemas que são aplicados à atividade humana em todos os seus segmentos, oferecendo soluções mais práticas, rápidas, eficientes, precisas e baratas para apoiar as pessoas em todas as suas atividades e na vida em geral…
Agora pense que este mesmo chip crie soluções que possibilitem criar outras versões de si mesmo, com muito mais capacidade de processamento, com um detalhe: não estamos falando de progressão aritmética simples, onde a capacidade dobraria, por exemplo, e depois dobraria de novo, e de novo, num ciclo que, se fosse assim, já promoveria uma evolução impressionante na sociedade em todos os aspectos…
Só que não é uma progressão aritmética simples…
É exponencial!
Uma evolução multiplica por 10 a sua segunda versão e em poucos meses já oferece recursos para multiplicar por 1000, e por 1 milhão, por bilhões de vezes o potencial de processamento e isto leva a avanços que os principais cientistas do mundo, que operam esta evolução, sequer conseguem imaginar, imagine nós, “reles mortais”, que ficamos aqui observando, enquanto meninos e meninas de 8 anos de idade possuem canais do Youtube que rendem 50, 100, 200 mil reais por mês.
A tecnologia na gestão das empresas
Era preciso fazer este passeio mental sobre um cenário abrangente como não costumamos perceber, já que costumamos estar a maior parte do tempo, mergulhados em nossas operações cotidianas, quase nunca paramos em meio à floresta para subir na árvore mais alta e olhar ao longe para entender que direção estamos tomando.
O objetivo de nosso papo é entender um pouco melhor como esta tecnologia é indispensável para a gestão de negócios.
Mais especificamente, a automatização e inteligência contábil, que estão ao lado da “máquina decisora” da empresa, do “centro de inteligência” do negócio e cuja existência e qualidade determina diretamente a existência e qualidade de resultados.
Já vai distante o tempo em que a contabilidade era algo parecido com o que chamavam de “guarda-livros”, um escritório, muitas vezes um “EUscritório” que fazia anotações e emitia guias, não indo mais além que isto em sua atividade.
A forma como o mercado e o mundo funcionam hoje não guarda mais espaços para contabilidades engessadas na própria contabilidade.
Empresas e negócios se deram conta que contabilidade é uma ferramenta e, como tal, torna todos os profissionais parecidos ou iguais.
As necessidades das empresas passaram a exigir soluções de inteligência contábil, no mesmo passo que a competitividade aumentava e as questões técnicas e legais seguiam o mesmo caminho: a complexidade.
Empresas passaram a necessitar cada vez mais de soluções eficientes, rápidas ágeis e, se possível, antecipadas aos problemas.
Corre atrás contador
Neste ponto acontece um divisor, um marco na história da contabilidade, provavelmente a maior desde seu surgimento como ciência exata: a metamorfose.
Uma metamorfose que vem fazendo com que os profissionais e estruturas contábeis passem por verdadeiras mutações evolutivas, deixando de ser contadores e passando a ser importantes elementos de inteligência contábil e tributária.
Cada vez mais o empresário precisa construir uma espécie de centro de inteligência e como um dos maiores pontos de saída de recursos está relacionado ao “sócio” forçado, o Estado, que utiliza um amplo espectro arrecadador complexo e mutante, a inteligência contábil e tributária ocupa um espaço determinante no alto escalão decisor das empresas.
O primeiro passo é o profissional de contabilidade perceber toda esta movimentação e transformação e buscar caminhos de se encaixar nestas novas demandas.
Fazer lançamentos e ações padronizadas nada mais é do que um processo sistêmico que, cada vez mais, pode ser automatizado.
Chegamos a um ponto nevrálgico da nossa análise, a automatização e inteligência contábil.
A tecnologia da informação na velocidade da luz
Por mais que pareça exagero esta afirmação é perfeitamente real: a tecnologia da informação navega na velocidade da luz e o lançamento feito aqui chega ao outro lado do Planeta em tempo real, instantaneamente.
No ritmo destas movimentações viajam as preciosas informações, que servem para embasar decisões, de todos os tipos, a maioria com o potencial de definir destinos de empreendimentos, pessoas, comunidades ou até mesmo, do mundo todo.
Muita gente e muitos interesses estão envolvidos neste verdadeiro mural de tecnologia, onde se destaca o próprio empresário, em primeiro lugar, porque cabe a ele tomar as decisões.
Logo em seguida está seu staff de inteligência, onde se inserem os especialistas em finanças, tributos, contabilidade, dentre outros, tão importantes quanto estes.
O que passa a mover os empresários modernos é concentrar seus projetos sobre bases de Business Intelligence (BI), que unifica toda a informação relevante e mostra um painel de análise confiável, precisa e que funciona em tempo real aos acontecimentos e movimentos.
Pessoas passam a ter papel decisivo na construção da INOVAÇÃO, colocando sua CRIATIVIDADE como componente diferenciado e a gestão de pessoas ganha uma força descomunal no aspecto de competitividade e adaptação aos movimentos evolutivos do mundo, em todas as suas esferas.
Tudo o que pode ser automatizado não precisa ser replicado manualmente em sequências desumanas e inexplicáveis.
Automatização e inteligência contábil e tributária é um conceito que não exclui as pessoas, ao contrário, pois sistematiza o que pode e deve ser sistematizado, deixando as pessoas livres para pensar e repensar processos, que depois de aperfeiçoados também são sistematizados.
Não existe coerência em tarefas repetitivas…
É primitivo demais.
Mas quem alimenta sistemas?
Ainda existem sistemas que precisam ser alimentados, mas cada vez mais a inteligência artificial que evolui exponencialmente mergulha em outros sistemas e filtra, captura os dados e os classifica infinitamente, sempre em tempo real, oferecendo conhecimento preciso e infalível para a construção dos relatórios de apoio à decisão.
Em vários lugares no mundo você entra no supermercado, sai com as compras sem falar com ninguém, sem realizar nenhum processo de passar por caixas ou mecanismos de cobrança.
Nem mesmo os registros precisam das ações humanas…
No Alaska (isto mesmo, Alaska), você entra num supermercado e sai com o carrinho de compras, passando por um terminal de sensores que simplesmente leem automaticamente tudo o que você está levando, reconhecendo sua identificação através do chip do cartão que está em seu bolso e realiza toda a operação de fechamento da venda automaticamente, instantaneamente, incrivelmente.
Achou incrível?
Tem mais…
Se o carrinho que transportou suas compras até seu carro não for recolocado, vazio, no local apropriado, o controle eletrônico da cancela não permite sua saída do estacionamento.
Tem mais ainda…
Já são testados chips subcutâneos na China e no Vietnã, que guardam embaixo da sua pele, todas as suas informações, pessoais, econômicas, histórico de saúde, localização e um monte de outras informações que registram sua existência no Planeta…
Tudo isto alimenta outros sistemas inteligentes que processam toda a informação e produzem relatórios instantâneos em todas as esferas, da gestão contábil e fiscal até as ações de marketing e comerciais.
Estoques são controlados de forma que fornecedores recebam automaticamente as quantidades de reposição num tempo adequado para que nunca ocorra falta de produtos.
Você deve estar achando tudo muito futurista e distante, mas lembre que o mundo evoluiu em tecnologia, nos últimos 10 anos, o que não evoluiu nos 50 bilhões de anos anteriores.
Experimente passear pela internet, pelo Youtube, com pesquisas simples como “Tecnologia na atividade humana”, ou “Metaverso”, ou automatização e inteligência contábil.
Provavelmente você irá se surpreender como nunca e notar que está mergulhado num futuro que ninguém mais segura.
Automatização e inteligência contábil são e serão um diferencial competitivo irrecusável pelo gestor sintonizado com seu tempo e com alguma chance de vencer no presente e muito mais ainda, no futuro de curto e médio prazos, porque ao longo prazo é difícil até imaginar.
Mas e as pessoas, “pobrezinhas”?
Pessoas não têm nada de “pobrezinhas”.
São pessoas que estão realizando toda esta evolução.
É das pessoas e seu talento incomparável que surgem estas inovações e por isto as pessoas estão se transformando o tempo inteiro.
Claro, existem resistências, mas estas não são passíveis de julgamento, não que não possuam valor igual a qualquer outro, mas a vida é feita de escolhas e a evolução é inclemente, apenas segue seu curso.
A água esquenta e se torna tóxica, a ameba que conseguir se arrastar para fora da poça, a ponto de criar pernas para se mover evoluirá, enquanto tiranossauros de 30 toneladas que não conseguirem se adaptar ao ambiente serão instantaneamente extintos.
É um olhar futurista, que foge um pouco do cotidiano do profissional de contabilidade, mas quando se está na floresta é recomendável, de tempos em tempos, subir na árvore mais alta para se certificar da direção que se está rumando.
Mergulhar nas planilhas e sistemas sem erguer os olhos para o que acontece pode gerar surpresas impactantes quando a inovação chegar.
Automatização e inteligência contábil nada tem a ver com “automação” que está mais ligada à “robotização” dos processos.
Nossa abordagem se relaciona com a informação nobre que brota dos sistemas e operações de instituições especializadas em contabilidade e tributação, que atuam como consultores, apoiando as decisões de forma objetiva, que ocupam seu lugar de destaque no potencial das decisões.
Automatizar é algo meio inevitável.
Provavelmente alguns que consomem este conteúdo podem entender que as coisas não serão bem assim e que tudo sempre dependerá da pessoa para funcionar.
É preciso lembrar que ninguém acreditava que o homem pudesse pisar na lua, assim como tinha gente que sequer imaginava a utilização do “laser” em todas as suas aplicações.
Hoje você consulta um produto num determinado site e depois, quando volta a navegar na internet, aquele mesmo produto aparece em várias páginas que você percorre e você não faz nem ideia de como isto acontece.
Cada vez mais a tecnologia é fundamental para acelerar processos que feitos de forma manual demoram muito mais e são passíveis de erros que podem comprometer a decisão.
Cabe ao profissional entender seu papel de destaque e assim se comportar.
Cabe ao escritório, à empresa de contabilidade se transformar e se reconstruir na linha da automatização e inteligência contábil, o que fará com que ela seja cada vez mais relevante para o conjunto de inteligência das empresas.
O contrário também é verdadeiro e empresas ou profissionais de contabilidade que exerçam esforços contra a automatização e inteligência contábil, tendem a ser excluídos do círculo master do universo empresarial, encontrando múltiplas dificuldades de encaixe, tanto em postura quanto em condições tecnológicas de se conectar às necessidades de um mercado tão dinâmico e mutante.
Um aspecto positivo é que você chegou até aqui e isto é um bom sinal, pois estamos em franca movimentação já há algum tempo.
Isto significa que ainda é tempo e que ainda há tempo.
Ainda é possível apontar o leme na direção correta e sintonizar a frequência certa para que sua empresa contábil busque a automatização e inteligência contábil como alvo para sua estratégia de futuro.