FEEDBACK. O CONTROLE DOS MOVIMENTOS NA EMPRESA

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Feedback. Poderoso instrumento de controle

Monitor de movimentos

Feedback. Poderoso instrumento de controle
Monitor de movimentos

Feedback é uma daquelas expressões que fazem parte do cotidiano da vida corporativa, na verdade, da vida humana e, se você não costuma escutar muito sobre o tema dentro de sua empresa (ou de sua vida), então temos problemas aí.

O feedback é o retorno que se consegue a respeito de temas específicos ou globais e que servem de apoio ao controle sobre as ações implementadas em algum processo.

Feedback, em essência, é o retorno, opinião, resposta ao que foi proposto, em qualquer nível.

Quando você faz uma pergunta, obtém uma resposta, o que, de forma simplista, é um feedback.

A importância do feedback é controlar os resultados das suas ações, quando você aplica um processo na sua gestão, acontecem muitos movimentos, de todos os espectros e que impactam nos resultados e a forma de controlar os resultados é entender estes movimentos, ajustando ações, de forma que as anomalias sejam eliminadas e o resultado atingido.

Feedback é uma ferramenta de aperfeiçoamento da gestão e, portanto, imprescindível para o sucesso de qualquer empreitada.

Considere que nada é feito sem a participação e envolvimento profundo de outras pessoas, o que faz com que o feedback e suas ferramentas se transformem num importante canal de obtenção de compreensão sobre o andamento dos resultados e é sobre isto que falaremos aqui.

Feedback e a sua construção na história da gestão

Uma evolução através da história
Um caminho de desenvolvimento

Feedback surgiu como elemento fundamental da gestão a partir do reconhecimento da importância do retorno das pessoas sobre os processos, produtos e serviços oferecidos ao mercado.

São muitos os personagens, internos e externos, mas certamente, os primeiros feedbacks considerados foram os externos, que partem dos clientes, em resposta aos produtos oferecidos e à experiência que cada cliente obtém ao adquirir um determinado produto ou serviço.

Num segundo momento, a partir do feedback dos clientes, passamos a entender que muito do sucesso de um determinado produto ou serviço estava associado ao desempenho da linha de produção, que tem como principal elemento, as pessoas e assim surgiu o feedback interno, sobre o que as pessoas pensavam da empresa, dos processos e como se sentiriam melhor engajadas nas suas atribuições.

A história…

No início, lá nos primórdios da administração, o feedback era algo bem diferente do que conhecemos hoje.

Era mais uma bronca do chefe, um puxão de orelha, algo que ninguém gostava de receber.

A comunicação era vertical, de cima para baixo, e a avaliação do desempenho era feita de forma unilateral, sem espaço para diálogo ou troca de ideias.

Aos poucos, as coisas começaram a mudar.

A partir da década de 1950, com o surgimento da Escola das Relações Humanas, o foco da gestão passou a ser as pessoas.

Estudos como os de Elton Mayo, na fábrica da Western Electric em Hawthorne, mostraram que o ambiente de trabalho e as relações interpessoais influenciavam a produtividade e a satisfação dos funcionários.

Nesse contexto, o feedback começou a ser visto como uma ferramenta importante para melhorar o desempenho e o desenvolvimento dos colaboradores, mas ainda era algo bem tímido, restrito a alguns setores e empresas mais inovadoras.

Foi nos anos 1970 e 1980, com a popularização da psicologia organizacional e a crescente valorização do capital humano, que o feedback ganhou força e se consolidou como uma prática essencial na gestão de pessoas.

Nomes como Peter Drucker e Douglas McGregor contribuíram para essa mudança de paradigma, defendendo a importância do diálogo, da participação e do desenvolvimento contínuo dos colaboradores.

Peter Drucker: O Visionário que Moldou a Gestão Moderna e o Feedback como Ferramenta Essencial

Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, foi um dos grandes responsáveis por revolucionar a forma como as empresas são gerenciadas e como os profissionais se desenvolvem.

Sua visão inovadora e seus insights perspicazes influenciaram diversas áreas da gestão, incluindo o marketing e, é claro, o feedback.

Drucker acreditava que o feedback era uma ferramenta essencial para o desenvolvimento profissional e o sucesso das empresas.

Ele defendia que o feedback deveria ser constante, objetivo, baseado em fatos e focado no futuro.

Para ele, o feedback não era apenas uma forma de avaliar o desempenho passado, mas sim uma oportunidade de aprendizado e crescimento.

Em seus livros e artigos, Drucker enfatizava a importância do autoconhecimento e da autogestão.

Ele acreditava que os profissionais deveriam ser capazes de identificar seus pontos fortes e fracos, definir seus objetivos e buscar o desenvolvimento contínuo.

O feedback, nesse contexto, era visto como um recurso valioso para auxiliar nesse processo de autodesenvolvimento.

Drucker também defendia que o feedback deveria ser uma via de mão dupla, ou seja, não apenas os gestores deveriam dar feedback aos seus subordinados, mas também os subordinados deveriam dar feedback aos seus gestores.

Essa troca de informações e perspectivas, segundo ele, era fundamental para criar um ambiente de trabalho mais transparente, colaborativo e eficaz.

A influência de Drucker na evolução dos processos de feedback foi notável.

Seus ensinamentos inspiraram a criação de novas ferramentas e metodologias de feedback, como as avaliações 360 graus, que permitem que os profissionais recebam feedback de seus superiores, pares e subordinados.

Drucker também influenciou a forma como o feedback é dado e recebido.

Ele defendia que o feedback deveria ser específico, baseado em exemplos concretos e focado em comportamentos observáveis.

Ele também alertava para os perigos do feedback subjetivo, baseado em opiniões pessoais e preconceitos.

O legado de Drucker na área de feedback continua vivo até hoje.

Suas ideias e seus ensinamentos são referência para gestores e profissionais que buscam aprimorar seus processos de feedback e criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e voltado para o desenvolvimento.

Em suma, Peter Drucker foi um visionário que transformou a gestão moderna e deixou um legado duradouro na área de feedback.

Seus insights sobre a importância do feedback, do autoconhecimento e da comunicação aberta continuam a inspirar e a guiar as práticas de gestão de pessoas em todo o mundo.

Um passo para a evolução…

A partir daí, o feedback evoluiu e se tornou mais estruturado, com a criação de métodos e ferramentas para facilitar o processo.

Surgiram as avaliações de desempenho 360 graus, o feedback sanduíche (elogio, crítica, elogio) e outras técnicas que buscavam tornar o feedback mais construtivo e menos ameaçador.

A tecnologia também teve um papel importante nessa evolução.

Com o surgimento da internet e das ferramentas de comunicação online, o feedback se tornou mais rápido, fácil e acessível.

Hoje em dia, podemos dar e receber feedback em tempo real, de qualquer lugar do mundo, através de plataformas digitais e aplicativos.

Apesar de toda essa evolução, o retorno sobre suas ações ainda é um desafio para muitas empresas e gestores.

Muitas vezes, ele é visto como algo negativo, uma crítica que pode gerar conflitos e desmotivação.

Por isso, é importante que o feedback seja dado de forma clara, objetiva, construtiva e com foco no desenvolvimento do colaborador ou do processo.

O futuro do processo é promissor. Com o avanço da inteligência artificial e da análise de dados, o feedback poderá se tornar ainda mais personalizado e preciso, ajudando os colaboradores a identificar seus pontos fortes e fracos e a traçar planos de desenvolvimento mais eficazes.

Em suma, a história desta ferramenta é uma história de transformação, de uma ferramenta de controle para uma ferramenta de desenvolvimento.

É uma história que mostra como a gestão de pessoas evoluiu ao longo do tempo, valorizando cada vez mais o potencial humano e a importância do diálogo e da colaboração.

A aplicação da ferramenta no desenvolvimento de produtos e serviços

Ferramenta de desenvolvimento
Espelho de movimentos

A história do feedback não se limita apenas à gestão de pessoas, pois ele também desempenhou um papel crucial na evolução e no sucesso de produtos e serviços, transformando a forma como as empresas se relacionam com seus clientes e impulsionando a inovação.

No passado, as empresas desenvolviam produtos e serviços com base em suas próprias percepções e intuições sobre o que o mercado desejava.

O feedback dos clientes, quando existia, era muitas vezes ignorado ou subestimado.

Essa abordagem unilateral frequentemente resultava em produtos que não atendiam às necessidades reais dos consumidores, levando a baixas vendas e frustração.

No entanto, com o passar do tempo, as empresas começaram a perceber a importância de ouvir a voz do cliente.

O feedback passou a ser visto como uma fonte valiosa de informações sobre as preferências, necessidades e expectativas dos consumidores.

Essa mudança de paradigma foi impulsionada por diversos fatores, como a crescente competitividade do mercado, a ascensão do movimento de defesa do consumidor e o desenvolvimento de novas tecnologias que facilitaram a coleta e análise de dados.

A partir da década de 1980, com a popularização da pesquisa de mercado e do conceito de “orientação para o cliente”, o feedback passou a ser incorporado de forma mais sistemática no processo de desenvolvimento de produtos e serviços.

As empresas começaram a realizar pesquisas, entrevistas, grupos focais e outras formas de coletar feedback dos clientes em diferentes etapas do processo, desde a concepção da ideia até o lançamento do produto no mercado.

Essa abordagem centrada no cliente permitiu que as empresas identificassem oportunidades de melhoria, corrigissem erros e adaptassem seus produtos e serviços às necessidades do mercado.

O feedback dos clientes se tornou um guia valioso para a inovação, impulsionando o desenvolvimento de produtos e serviços mais relevantes, eficazes e desejáveis.

O feedback também desempenhou um papel fundamental no sucesso de iniciativas empreendedoras.

Startups e pequenas empresas, com recursos limitados, encontraram no feedback dos clientes uma forma de validar suas ideias, identificar problemas e aprimorar seus produtos e serviços antes de investir em larga escala.

Essa abordagem ágil e iterativa, baseada no feedback constante dos clientes, permitiu que muitas startups se tornassem grandes empresas e revolucionassem seus mercados.

A internet e as redes sociais amplificaram ainda mais o poder do feedback.

Hoje em dia, os clientes têm inúmeras plataformas para expressar suas opiniões, compartilhar suas experiências e influenciar as decisões das empresas.

O feedback online se tornou uma ferramenta poderosa para as empresas monitorarem a satisfação dos clientes, identificarem tendências e oportunidades, e construírem relacionamentos mais próximos com seus consumidores.

Em suma, o feedback se tornou um elemento indispensável para o sucesso de produtos e serviços.

Ele permite que as empresas compreendam as necessidades e expectativas dos clientes, identifiquem oportunidades de melhoria e inovação, e construam relacionamentos mais fortes com seus consumidores.

As empresas que sabem ouvir e aprender com o feedback dos clientes estão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do mercado e alcançar o sucesso a longo prazo.

Feedback é um instrumento de evolução

Feedback é um monitor da realidade
Conexão com os personagens

Feedback será cada vez mais importante na trajetória em busca do sucesso nos tempos futuros, mas não entenda o futuro como algo distante, pois na verdade, já está acontecendo, neste exato momento.

Feedback é algo que alimentará o portfólio de informações indispensáveis para a compreensão dinâmica dos mercados e costumes.

Sem esta compreensão, as iniciativas empreendedoras não se movimentarão e perecerão diante de seus desafios.

A gestão já se torna cada vez mais complexa, onde a tecnologia impulsiona o comportamento humano em transformações em escala e é muito difícil imaginar como e onde tudo isto vai parar, até porque, não vai parar nunca, apenas acelerará, de uma maneira desafiadora.

O que sabemos é que as empresas precisam criar conexões diretas, o mais diretas possível, com as pessoas de dentro e de fora das empresas.

Ter canais conectados, se possível, em tempo real, para proporcionar uma comunicação fluida e eficiente, entre todos os atores, permitindo uma compreensão ágil dos desejos, tudo ligado à sua produção, o que resulta em melhoria contínua e numa experiência única, personalizada e vencedora.

Isto já é o diferencial competitivo mais poderoso.

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