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Qualidade total. O poder da transformação

O começo da melhoria contínua

Qualidade total. O poder da transformação
O começo da melhoria contínua

Qualidade total é um modelo de gestão que surgiu a partir de alguns momentos críticos da história, quando a humanidade precisou resolver problemas associados à sua evolução e o que mais se destaca é o TQC (Total Quality Control), também conhecido como TQM (Total Quality Management).

Este modelo de Qualidade Total surgiu com maior destaque no Japão, no período pós-guerra, quando o Japão capitulou e experimentou uma derrota avassaladora, que praticamente destruiu o País, com o ápice na explosão de duas bombas atômicas, que destruíram fica e moralmente aquele momento daquele país.

A pergunta que leva a uma reflexão mais ajustada é como pode uma nação ter sido completamente destruída, sua economia assolada, sua capacidade produtiva aniquilada e, em menos de 50 anos, este país “acabado”, ressurge como uma das maiores economias do Planeta, com uma linha de produção invejável e com resultados industriais inacreditáveis?

A resposta é exatamente Qualidade Total.

Um método de gestão focado em resultado, que possui 3 pilares fundamentais:

  • Por objetivos;
  • Descentralizado;
  • Participativo.

Por objetivos, porque são definidas metas diversificadas em todos os setores da empresa, que configuram um Plano de Objetivos global, determinando os alvos a serem conquistados.

Descentralizado, porque todos participam, em algum nível, da definição de todo o conjunto estratégico e de gestão.

Participativo, porque todos, de uma maneira ou de outra, participam dos resultados obtidos com a aplicação do Modelo de Gestão.

É sobre este modelo transformador e amplamente validado que vamos falar neste conteúdo.

Qualidade total. A história

A história
Onde tudo começa

Qualidade total é um marco transformador no nível de profissionalismo dos modelos de gestão de empresas, em todos os segmentos e serve para empreendimentos de todos os portes.

É bom se preparar para embarcarmos em uma jornada fascinante pelo mundo da Gestão pela Qualidade Total, ou como é mais conhecida, TQM.

É uma filosofia que revolucionou a maneira como empresas em todo o mundo encaram a qualidade, e hoje, vamos desvendar seus segredos.

Nossa história começa no Japão do pós-guerra, um país devastado que buscava se reerguer das cinzas, como já falamos.

Naquele cenário de reconstrução, surgiu um movimento que mudaria para sempre a indústria japonesa: a busca pela qualidade total.

Imagine o Japão daquela época: fábricas destruídas, recursos escassos e uma economia em frangalhos.

Em meio a tantas dificuldades, havia uma chama de esperança: a crença de que a qualidade poderia ser o caminho para a recuperação.

E foi assim que grandes nomes como W. Edwards Deming, Joseph M. Juran e Kaoru Ishikawa entraram em cena.

Deming, um estatístico americano, foi convidado a dar palestras sobre controle estatístico de processos no Japão.

Suas ideias sobre a importância da melhoria contínua e do envolvimento de todos os funcionários na busca pela qualidade caíram como uma luva para a realidade japonesa.

Juran, outro americano, complementou o trabalho de Deming, enfatizando a necessidade de planejamento estratégico para a qualidade.

Ishikawa, um engenheiro japonês, desenvolveu ferramentas como o Diagrama de Ishikawa (também conhecido como Espinha de Peixe) para auxiliar na identificação das causas dos problemas de qualidade.

Estes pioneiros da qualidade plantaram a semente da Qualidade Total no solo fértil do Japão, e ela floresceu de forma espetacular.

Empresas como Toyota, Sony e Honda adotaram a filosofia da qualidade total e se tornaram exemplos de excelência para o mundo.

A Qualidade Total se tornou um dos pilares do milagre econômico japonês, transformando o país em uma potência industrial.

Mas afinal, o que é essa tal de Gestão pela Qualidade Total?

Em poucas palavras, é uma abordagem de gestão que coloca a qualidade no centro de todas as atividades de uma organização.

Não se trata apenas de inspecionar produtos no final da linha de produção, mas sim de garantir que a qualidade esteja presente em cada etapa do processo, desde o planejamento até a entrega ao cliente.

A Qualidade Total tem algumas características marcantes.

Primeiro, ela é focada no cliente.

Afinal, de que adianta produzir um produto ou serviço de alta qualidade se ele não atende às necessidades e expectativas do cliente?

A Qualidade Total busca entender profundamente o que o cliente deseja e entregar exatamente isso, ou até mais.

Segundo, a Qualidade Total é baseada na participação de todos.

Não são apenas os gerentes e diretores que se preocupam com a qualidade, mas sim todos os funcionários, desde o chão de fábrica até o escritório.

Afinal, todos têm um papel a desempenhar na busca pela excelência.

Terceiro, a Qualidade Total é orientada para a melhoria contínua.

Não existe um ponto final na jornada pela qualidade.

Sempre há espaço para melhorar, para aprimorar processos, produtos e serviços.

A Qualidade Total incentiva a busca constante pela perfeição, mesmo quando os resultados já são bons.

Para alcançar esses objetivos, a Qualidade Total utiliza uma série de métodos e ferramentas.

O ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), por exemplo, é uma metodologia que orienta a melhoria contínua.

Primeiro, planejamos o que queremos melhorar, depois executamos o plano, em seguida verificamos os resultados e, por fim, agimos para corrigir os desvios e padronizar o que funcionou.

Outra ferramenta importante é o Diagrama de Ishikawa, que nos ajuda a identificar as causas raiz dos problemas de qualidade.

Ele funciona como um mapa, mostrando as diferentes causas que podem contribuir para um determinado problema.

Ao analisar o diagrama, podemos identificar as causas mais importantes e agir sobre elas.

Existem muitas outras ferramentas e métodos utilizados na Qualidade Total, como o 5S (uma metodologia para organizar o ambiente de trabalho), o Controle Estatístico de Processos (CEP), o Benchmarking (comparação com as melhores práticas do mercado) e a Análise de Modo e Efeito de Falha (FMEA).

Mas a TQM não se resume a ferramentas e métodos.

Ela é, acima de tudo, uma filosofia de gestão, uma maneira de pensar e agir.

É a crença de que a qualidade é um valor fundamental para qualquer organização, e que a busca pela excelência deve ser uma constante.

Ao longo dos anos, a Qualidade Total se espalhou pelo mundo e influenciou empresas de todos os setores.

Ela deixou de ser uma exclusividade japonesa e se tornou um modelo de gestão global.

Hoje, empresas de todos os portes e nacionalidades utilizam a Qualidade Total para melhorar seus produtos, serviços e processos.

A Gestão pela Qualidade Total é uma jornada sem fim, uma busca constante pela excelência.

É um desafio que exige dedicação, disciplina e comprometimento de todos, mas os resultados valem a pena.

Empresas que adotam a Qualidade Total se tornam mais competitivas, mais eficientes e mais inovadoras e, acima de tudo, entregam produtos e serviços de alta qualidade que encantam os clientes.

As ferramentas que fazem a diferença

Ferramentas poderosas
Armas de transformação

Vamos mergulhar em duas ferramentas poderosas que podem turbinar a gestão da qualidade em qualquer organização: o PDCA e o 5W2H.

Agora vamos descobrir como essas metodologias simples, mas eficazes, podem impulsionar a melhoria contínua e a resolução de problemas de forma eficiente.

Vamos começar com o PDCA, também conhecido como ciclo de Deming, em homenagem ao estatístico americano William Edwards Deming, que popularizou seu uso no Japão do pós-guerra.

A ideia original do ciclo remonta a Walter A. Shewhart, outro estatístico americano que desenvolveu o conceito de controle estatístico de processos.

Deming, por sua vez, adaptou e difundiu o ciclo como uma ferramenta de gestão da qualidade, e ele se tornou um dos pilares da Gestão pela Qualidade Total (TQM).

O PDCA é como uma bússola que nos guia na jornada da melhoria contínua.

Ele funciona como um ciclo que se repete continuamente, nos levando a identificar problemas, planejar soluções, implementar ações e avaliar os resultados.

É como uma roda que gira sem parar, nos impulsionando a buscar a excelência em tudo o que fazemos.

A primeira etapa do ciclo é o “P” (plan) de Planejamento.

Aqui, definimos o problema que queremos resolver, estabelecemos metas claras e específicas, e planejamos as ações que serão implementadas.

É como traçar um mapa da nossa jornada, definindo o ponto de partida, o destino e a rota que vamos seguir.

Em seguida, vem o “D” (do) de Execução.

Colocamos o plano em prática, implementamos as ações que foram definidas e acompanhamos de perto os resultados.

É como colocar o pé na estrada e começar a dirigir, seguindo o mapa que traçamos no planejamento.

A terceira etapa é o “C” (control) de Verificação.

Analisamos os resultados obtidos, comparamos com as metas estabelecidas e identificamos os desvios.

É como fazer uma parada para verificar se estamos no caminho certo, se estamos seguindo o mapa e se estamos chegando perto do destino.

Por fim, temos o “A” (action) de Ação.

Corrigimos os desvios identificados na verificação, padronizamos o que funcionou bem e reiniciamos o ciclo com um novo planejamento.

É como ajustar a rota, corrigir o curso e seguir em frente, sempre em busca do destino final.

O ciclo PDCA nos ensina que a melhoria contínua é um processo cíclico, que nunca termina.

Sempre há espaço para melhorar, para aprimorar nossos processos, produtos e serviços.

Repetindo o ciclo continuamente, vamos nos aproximando cada vez mais da excelência.

5W2H…

O PDCA não é a única ferramenta que temos à nossa disposição.

O 5W2H é outra metodologia simples, mas poderosa, que nos ajuda a planejar e implementar ações de forma eficiente.

O 5W2H é como um checklist que nos guia na definição de um plano de ação.

Ele responde a sete perguntas essenciais: O que será feito? (What) Por que será feito? (Why) Onde será feito? (Where) Quando será feito? (When) Por quem será feito? (Who) Como será feito? (How) Quanto custará? (How much).

Respondendo a essas perguntas, teremos um plano de ação claro, objetivo e completo.

Saberemos exatamente o que precisa ser feito, por que é importante, onde e quando será realizado, quem será o responsável, como será executado e quanto custará.

O 5W2H nos ajuda a evitar erros e retrabalhos, garantindo que todas as informações relevantes sejam consideradas antes de iniciarmos qualquer ação.

É como ter um mapa detalhado da nossa jornada, com todas as informações necessárias para chegarmos ao destino com segurança e eficiência.

Como o 5W2H se relaciona com o PDCA?

Simples!

O 5W2H é uma ferramenta que pode ser utilizada em todas as etapas do ciclo PDCA.

No planejamento, ele nos ajuda a definir as ações que serão implementadas.

Na execução, ele nos guia na realização dessas ações.

Na verificação, ele nos auxilia na análise dos resultados.

E na ação, ele nos ajuda a corrigir os desvios e padronizar o que funcionou bem.

Juntos, o PDCA e o 5W2H formam uma dupla imbatível na busca pela melhoria contínua.

O PDCA nos fornece a estrutura para o processo de melhoria, enquanto o 5W2H nos dá as ferramentas para planejar e implementar ações de forma eficiente.

Utilizando estas metodologias em conjunto, podemos transformar nossas organizações em verdadeiras máquinas de excelência, capazes de entregar produtos e serviços de alta qualidade, superar as expectativas dos clientes e alcançar resultados extraordinários.

É importante lembrar que a melhoria contínua é uma jornada sem fim.

Sempre há espaço para crescer, para aprender e para evoluir.

Com o PDCA e o 5W2H em mãos, temos as ferramentas necessárias para trilhar esse caminho com confiança e determinação.

Apliquem o PDCA e o 5W2H em seus projetos, em suas empresas, em suas vidas.

Descubram o poder dessas ferramentas e transformem seus sonhos em realidade.

O programa 5S…

O programa 5S é uma metodologia que pode parecer simples à primeira vista, mas que esconde um potencial incrível para transformar o ambiente de trabalho e impulsionar a qualidade em qualquer organização.

Imagine a cena: você chega no trabalho e encontra a sua mesa lotada de papéis, ferramentas espalhadas pelo chão, gavetas bagunçadas e poeira por todo lado.

Parece familiar?

Pois é, essa é a realidade de muitos ambientes de trabalho, mas não precisa ser assim!

O 5S é como um super-herói que vem para salvar o dia, trazendo ordem, organização e limpeza para o seu local de trabalho.

Ele surgiu no Japão do pós-guerra, como parte da filosofia da Gestão pela Qualidade Total (TQM), e se espalhou pelo mundo, conquistando empresas de todos os setores.

O que significa esse tal de 5S?

São cinco palavras japonesas que começam com a letra “S” e que representam os cinco pilares da metodologia: Seiri (senso de utilização), Seiton (senso de organização), Seiso (senso de limpeza), Seiketsu (senso de padronização) e Shitsuke (senso de disciplina).

Vamos entender cada um desses “S” em detalhes:

Seiri (senso de utilização): É como fazer uma limpa no seu armário.

Você separa as roupas que usa daquelas que estão esquecidas no fundo da gaveta.

No ambiente de trabalho, o Seiri significa separar o que é necessário do que não é, eliminando o excesso, o desnecessário e o obsoleto.

Assim, você libera espaço, facilita a organização e evita o acúmulo de materiais que só atrapalham.

Seiton (senso de organização): É como arrumar o seu quarto depois da bagunça.

Cada coisa tem seu lugar, tudo é identificado e de fácil acesso.

No ambiente de trabalho, o Seiton significa organizar os materiais e ferramentas de forma lógica e eficiente, de modo que qualquer pessoa possa encontrar o que precisa rapidamente.

Assim, você economiza tempo, aumenta a produtividade e evita a perda de materiais.

Seiso (senso de limpeza): É como dar um trato na sua casa, deixando tudo limpo e brilhando.

No ambiente de trabalho, o Seiso significa manter o local de trabalho limpo e livre de sujeira, poeira e detritos.

Assim, você cria um ambiente mais agradável, seguro e saudável para todos.

Seiketsu (senso de padronização): É como criar uma rotina para manter a sua casa sempre organizada.

Você estabelece regras e procedimentos para garantir que a ordem e a limpeza sejam mantidas.

No ambiente de trabalho, o Seiketsu significa criar padrões para a organização, limpeza e manutenção do local de trabalho, de modo que todos saibam o que fazer e como fazer.

Assim, você garante a consistência dos resultados e evita o retorno da bagunça.

Shitsuke (senso de disciplina): É como ter força de vontade para seguir a sua rotina de organização.

Você se compromete a manter a ordem e a limpeza, mesmo quando dá preguiça.

No ambiente de trabalho, o Shitsuke significa ter disciplina para seguir os padrões estabelecidos, manter o local de trabalho organizado e limpo, e corrigir os desvios sempre que necessário.

Assim, você garante a sustentabilidade do 5S e transforma a organização em um ambiente de excelência.

Aplicando o 5S, você cria um ambiente de trabalho mais organizado, limpo, seguro e eficiente.

Isso se traduz em diversos benefícios para a organização, como aumento da produtividade, redução de custos, melhoria da qualidade, prevenção de acidentes e aumento da satisfação das pessoas.

O 5S não é apenas uma ferramenta de organização.

Ele é uma filosofia de trabalho, uma mudança de mentalidade que valoriza a ordem, a limpeza e a disciplina.

Adotando o 5S, você está investindo na melhoria contínua, na busca pela excelência e no sucesso da sua organização.

Comece a aplicar o 5S no seu local de trabalho e veja a diferença que ele pode fazer.

O 5S é uma jornada, não um destino.

É um processo contínuo de melhoria que exige dedicação, disciplina e comprometimento de todos.

O importante é que os resultados sempre valem a pena!

Qualidade total é uma filosofia inteligente e transformadora

Qualidade total é filosofia
Uma forma de pensar

Qualidade total transcende o próprio método e seus resultados, pois passa a ser uma filosofia de vida e um modo de ver o negócio de maneira ampla, sistêmica e com controle total sobre todos os movimentos.

Quando você controla tudo, monitora indicadores, encontra as anomalias e conserta o que está errado, minimizando problemas que afetam diretamente os resultados.

Qualidade total é gestão em tempo real, cotidiana, onde você atua sobre a operação enquanto ela está acontecendo.

Nada tem um poder mais transformador, estabilizador e promissor do que uma jornada que acontece quando se sabe onde se está indo, quais os obstáculos e os resultados esperados ao chegarmos aos objetivos.

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