KPI financeiro é um dos mais importantes indicadores de gestão que existem e são determinantes para o sucesso de qualquer empreendimento, já que controla os movimentos econômicos e financeiros das operações.
Primeiro é preciso entender o que são KPIs, uma expressão oriunda de uma sigla que, em inglês significa KEY PERFORMANCE INDICATORS, ou INDICADORES CHAVE DE DESEMPENHO.
Já sabemos que a chave de qualquer gestão profissional é o controle total de tudo o que acontece e isto envolve ELIMINAR ANOMALIAS.
Para eliminar anomalias é preciso identifica-las, o que só é possível monitorando indicadores e isto cria um universo de métricas que muitas vezes mais confundem do que esclarecem.
No sentido de determinar o que realmente é relevante no processo decisório, em meio ao conjunto de métricas e indicadores, as empresas, de acordo com sua atividade, setor e características de gestão, elaboram um portfólio dos indicadores de alta relevância decisória e a este conjunto é dada a identificação de KPIs.Do ponto de vista financeiro a atividade possui o seu próprio portfólio de KPIs, basicamente voltado às movimentações financeiras, econômicas, de fluxo de recursos e que em conjunto, determinam comportamentos realizados em relação ao projetado, apontando inclusive, as condições de saúde específica e global do empreendimento.
KPI financeiro é um indicador recolhido em meio a tantas métricas que permeiam a gestão financeira do empreendimento e que num agrupamento destes indicadores especiais, formam um importante monitor das condições financeiras do negócio, dando apoio às decisões gerenciais.
Os KPIs podem ser representados por números ou percentuais, normalmente utilizados em comparação aos objetivos, o que determina desempenho e torna mais fácil identificar as anomalias, que separam os objetivos da sua realização.
Diferença entre KPIs e Métricas:
Basicamente um KPI financeiro é um indicador de relevância determinante para a gestão do seu negócio, um número que indica o grau de desempenho em certos processos que são muito importantes para o conjunto de gestão do negócio.
Uma métrica é qualquer indicador, mesmo que ele não tenha relevância ou impacto representativo na gestão.
Todo KPI é uma métrica, mas nem toda métrica é um KPI.
A partir do momento em que sua gestão assume uma personalidade gerencial, alguns indicadores vão ganhando maior importância, já que podem definir aspectos determinantes de sucesso ou fracasso e estes indicadores são elevados à condição de KPI, merecendo muito maior atenção em suas oscilações.
Uma das habilidades necessárias a um bom gestor é compreender quais métricas são relevantes, já que é fácil se confundir em meio a tantas possibilidades.
Ter o conhecimento e a sensibilidade necessários para esta definição vai determinar se o gestor estará prestando atenção ao que realmente importa, ou ao contrário, dando atenção a métricas secundárias, que mesmo que pareçam importantes, apenas são parte de um conjunto ainda mais importante, que deveriam ser mais observadas e por isto se criou o conceito de KPI, o que também é completamente válido para o KPI financeiro.
Como determinamos um KPI financeiro:
O objetivo da determinação dos KPIs é construir um mapa de indicadores para o acompanhamento do que realmente importa dentro da empresa.
No âmbito do KPI financeiro o processo acontece da mesma forma.
Um KPI precisa ser relevante para cumprir seu objetivo.
As 5 principais características para a definição de um KPI são as seguintes…
1 – Disponibilidade para ser mensurado…
Um KPI financeiro precisa trazer informações objetivas, confiáveis e estruturadas sobre algum movimento relevante no universo de controle financeiro de uma empresa.
Obviamente ele precisa estar definido, visível e disponível para acompanhamento em tempo real.
Acontecem casos em que o gestor simplesmente não monitora determinado indicador importante porque ele não está na superfície dos controles e ele não tem a consciência e conhecimento da importância daquele indicador.
Entender o que realmente importa, mesmo que não esteja aparente, é fundamental para quem gerencia um negócio e caso não haja a disponibilidade direta deste indicador, cabe ao gestor fazer com que ele apareça e os controles ofereçam aquela informação.
2 – Importância para a base do negócio…
O KPI aponta os movimentos do que está sendo controlado e no caso do KPI financeiro, ele apresenta as oscilações entre projetado e realizado e esta eventual diferença nos comparativos demonstra a existência de anomalias no processo, que ao serem resolvidas, determinarão o alinhamento na direção da realização.
O mais importante é descobrir o que realmente é importante.
3 – Relevância (fugir dos indicadores de vaidade)…
É uma tendência humana se autovalorizar e a definição de KPIs costuma ser ameaçada por esta tendência, algo que realmente atrapalha.
Linhas mais avançadas de gestão já criaram até a denominação de “indicadores de vaidade”, para índices que apresentam movimentos quantitativos, valores representativos em montante, mas pouco ou quase nada possuem de relevância real para os resultados objetivos do negócio.
O marketing, principalmente, está muito sujeito a estas tentações, pois é um campo fértil para buscar justificativas para resultados que não acontecem.
4 – Apoio à inteligência do negócio…
Primeiro é preciso ter um senso de inteligência do negócio, sem pudores ou vaidades, cabe ao gestor e sua equipe a consciência de que é preciso utilizar inteligência para tocar o negócio.
Um indicador precisa apoiar esta inteligência e se a inteligência for efetivamente inteligente, saberá discernir o que é relevante e o que é superficial ou inócuo.
De nada adianta ter múltiplos e robustos dados se eles não possuem efeito prático no centro de inteligência da empresa.
5 – Ter disponibilidade, periodicidade e credibilidade…
Um KPI nasce de um indicador que esteja disponível e caso não esteja, cabe ao gestor saber de sua importância e fazer com que ele se torne disponível e acessível.
Outro elemento importante é a periodicidade com que ele está disponível, algo que não costuma mais ser um empecilho dentro do cenário de gestão atual, já que a tecnologia e sua evolução conseguem oferecer a maior parte dos indicadores em tempo real, o que é relevante.
Outro elemento importante do tripé é a credibilidade, pois de nada adiante a disponibilidade e a instantaneidade de um indicador que não seja confiável.