Tempos de guerra são tempos difíceis, diferentes de tudo o que você está acostumado e dependendo das dimensões do conflito, ampliam seus reflexos para esferas ainda mais desafiadoras e os primeiros impactos são sentidos nos 2 principais pilares de sustentação da humanidade: economia e mercado.
Ingênuo é quem pensa que a guerra, lá do outro lado do mundo, não trará impactos em nossa realidade.
Começa que estamos num mundo globalizado e todas as movimentações se conectam.
Em segundo lugar, o fornecimento de insumos de produção sempre é comprometido pela variação brutal que acontece nas comodities, como petróleo, insumos agrícolas e industriais.
O ciclo de mercado é violentamente abalado.
A economia já manifesta sinais de movimento apenas com boatos, imagine o que acontece neste universo macroeconômico com a ocorrência de uma guerra…
A verdade é que em tempos de guerra muita coisa muda e um outro tanto também pode mudar.
Como sua empresa está posicionada para enfrentar este momento desafiador?
Que amplitude terão as realidades econômicas e de mercado e como elas vão impactar o seu cotidiano?
Vamos pensar juntos, de uma forma simples, sobre a nossa realidade conjunta nestes tempos de guerra.
Tempos de guerra fazem parte do cotidiano do empresário brasileiro, a diferença é que a guerra de todos os dias não envolve armamentos, bombardeios e armistícios.
Os tempos de guerra dos brasileiros estão associados ao desafio brutal de manter empreendimentos saudáveis e operacionais em meio a este cenário caótico imposto por nossos governantes e políticas.
Ser brasileiro é ser uma espécie de soldado permanente, que precisa peregrinar de trincheira em trincheira para carregar seu empreendimento nos ombros, tomando tiros de todos os lados, disparados pelos pesados armamentos de um exército de incompetentes que aplicam, gerenciam e julgam políticas públicas e governamentais.
Você pode pensar que este é um manifesto político, mas esta não é a intenção, até porque estamos falando de algo que acontece de qualquer maneira, qualquer que seja o partido, independente da vertente ideológica que esteja no poder.
Estamos falando de fatos, da realidade, da condição precária e pesada com a qual o empresário brasileiro precisa conviver a cada despertar.
O Brasil é um país caro, pois o custo da máquina pública, forrada de cargos públicos desnecessários e da corrupção, que consome um quarto de todas as nossas riquezas, inviabiliza a expansão da infraestrutura e temos problemas em todas as esferas.
Faltam estradas e as que possuímos estão em condições muito precárias.
Faltam canais de distribuição adequados para a chegada de insumos nas fontes produtoras.
Estamos em constante crise energética, pois os investimentos são poucos diante do que seria necessário e isto engessa a produção.
A política praticada no Brasil é um jogo de corrupção e poder, onde o que está em jogo não é nem ideologia e nem interesse público, pois o foco está em ocupar as diversas pastas que lidam com um dos maiores orçamentos do mundo, para se abastecer deste posto e para criar formas de se manter no poder.
Para o lado que se olhe se encontra entraves para a vida do empreendedor brasileiro.
Todos estes desmandos, maldades e incompetências elevam a carga tributária e hoje pagamos imposto de renda até sobre salários, que não são renda.
O empreendedor ao abrir um negócio precisa realizar, antes de mais nada, o registro desta operação na Receita Federal, não porque eles sejam bonzinhos e queiram ajudar este empresário que inicia sua caminhada.
O objetivo é marcar território e marcar mais um “contribuinte”, para que quase 40% de sua arrecadação seja destinada ao fisco, independente de a empresa ter dado lucro ou não e, aliás, se der lucro, ainda tem que pagar mais um pouquinho, sobre a legenda de CSLL (Contribuição Sobre o Lucro Líquido).
Se isto não é um cenário de tempos de guerra então fica difícil de definir o que seria.
Junte tudo isto a uma força de trabalho limitada, com conhecimentos restritos e que não possui impulsos de motivação ao trabalho, que faz uma festa danada quando pode bradar seu amado “SEXTOU!”, dando a entender que está saindo do inferno, e ao mesmo tempo torna pública sua exclamação de “QUE DROGA, JÁ É SEGUNDA-FEIRA!”, numa clara referência de que terá que regressar ao inferno do trabalho.
Realmente, o cotidiano que o empresário brasileiro enfrenta já é, naturalmente, similar ao que se vive em tempos de guerra.
Depende, porque enquanto o conflito puder ser chamado de Guerra da Ucrânia os impactos são uns, mas se o conflito aumentar, ampliando seus combates para outros países, daí a coisa pode piorar e muito.
Não é difícil que alguma ação intempestiva do ditador russo ameace ou produza algum ataque objetivo a algum país membro da OTAN ou da Comunidade Europeia, o que sugere o ingresso imediato de toda a força aliada no conflito que ganharia contornos mundiais muito rapidamente.
O autocrata e ditador russo é intempestivo, vaidoso, cruel e muito poderoso, o que não surpreenderia se ele, ao sofrer derrotas importantes em sua estratégia, fizesse uso de armas de destruição em massa, principalmente armas químicas e nucleares, já que estamos falando da segunda maior potência nuclear do mundo.
Isto seria muito sério e, mesmo não envolvendo um ataque a países aliados, resultaria numa comoção mundial, que poderia empurrar o ocidente para o conflito, o que seria outro caminho para uma guerra de padrões mundiais.
Um eventual envolvimento da poderosa China no conflito, dando apoio bélico e militar à Rússia, também poderia desencadear um mergulho do ocidente em favor da Ucrânia, e aí estaria outro ponto crítico.
Como podemos observar, o cenário indica várias possibilidades e, embora um conflito mundial não seja inteligente sob nenhum aspecto e não interesse objetivamente a ninguém, estamos lidando com um ditador tirano e cruel, que domina seu país com mão de ferro, eliminando literalmente seus opositores e com uma sede vaidosa de expansão sem precedentes e dali qualquer ação pode ser esperada, principalmente ações desesperadas.
Um exercício curioso de pensamento e imaginação pode tornar tudo muito mais assustador ainda…
Imagine que, seja qual for o motivo, uma determinada nação, a Rússia, por exemplo, dispara um míssil nuclear em algum outro país membro da OTAN, como os Estados Unidos ou a Inglaterra, por exemplo…
Se coloque no lugar do líder do país atacado…
Você consegue se imaginar pensando algo como “Ele me lançou um míssil nuclear, então vou jogar outro nele”?
Ou você pensaria… “Esse cara tem 5400 ogivas nucleares, se eu jogar uma bomba nele, o que impede de ele lançar 200 bombas em mim e acabar com meu país antes que eu consiga responder? Vou jogar tudo o que eu tenho e acabar de uma vez com o país dele, que daí teremos uma chance de sobreviver.”
Consegue perceber que, provavelmente, depois do lançamento do primeiro míssil nuclear bem-sucedido a tendência é de que o mundo simplesmente acabe?
Tempos de guerra podem não ser tão definitivos como desenhamos, mas sempre são devastadores e suas consequências não são originadas especificamente por bombas e explosões.
A maior parte dos problemas são de ordem econômica, porque estamos num mundo globalizado, onde a economia oscila de acordo com os movimentos de mercado, o que melhora o cenário em alguns lugares e piora em outros, num eterno movimento.
No caso específico, a região atualmente em conflito é grande produtora e exportadora de vários insumos de produção no mundo todo.
A Rússia é um dos 5 maiores exportadores de petróleo do mundo o que fez o barril da comoditie aumentar em quase 30% apenas na primeira semana de conflito.
A Rússia não apenas vende muitos insumos de produção como comodities, sobretudo petróleo e derivados, mas minérios indispensáveis à produção de componentes para tecnologia da informação, produção de veículos e máquinas e tantos outros.
Fertilizantes e adubos que abastecem boa parte da agricultura do Planeta também provêm daquela região conflagrada, não apenas da Rússia, mas também da Ucrânia e outros países da região do conflito.
Estamos falando de escassez abrupta e isto determina aumento de preços e, por consequência, uma inflação global que já dá seus sinais.
O Brasil, com suas contas desequilibradas, com as aventuras derivadas do populismo (de qualquer partido ou ideologia), já vem aos tropeços entre dar “incentivos” eleitorais aos mais pobres, travestidos de benefícios regulares e manter uma mínima regularidade fiscal, tentando fugir do total caos inflacionário e macroeconômico, algo bem difícil, já percebido nos indicadores econômicos, como a inflação, por exemplo.
Toda esta instabilidade provocada pelos tempos de guerra agrava o cenário e mesmo que os governantes bradem aos quatro cantos que os desequilíbrios são provenientes dos problemas mundiais como pandemia e guerra, a verdadeira causa está na corrupção desenfreada e nas medidas populistas com foco em conquista e manutenção do poder.
Obviamente um conflito como o que está acontecendo lá do outro lado do Planeta, mas que impacta toda a economia mundial tende a agravar uma situação que já não é tão boa assim do lado de cá.
Notamos isto nas bombas de combustível e nos supermercados, todos os dias.
É difícil você ir fazer compras no mercado e encontrar preços iguais ou mais baixos que na semana passada, para os mesmos produtos.
Isto se chama inflação.
O resultado é que todo aquele cenário complexo e difícil do empresário brasileiro ganha um novo componente desalentador, que é a queda da economia, primeiro mais lentamente e depois, de forma mais acelerada, como aconteceu com nossa própria história no terço final do século passado.
O mundo aplica sanções brutais à Rússia que se encontra quase que totalmente isolada do restante do Planeta e não dá sinais de retroceder em sua loucura bélica.
A verdade é que você empresário, que está aqui no Brasil, vivendo esta realidade complexa e ainda é afetado pelos impactos destes tempos de guerra precisa encontrar formas de superar as dificuldades que tendem a se agravar de acordo com o avanço e expansão do conflito. Se o confronto se mantiver restrito geograficamente à Rússia X Ucrânia, então teremos impactos, mas em algum momento tendem a se estabilizar, mas se o conflito se estender, daí a situação é praticamente imprevisível e tudo pode acontecer.
Tempos de guerra, como qualquer período difícil e desafiador servem para aprendizado, pois o Ser Humano aprende por “mais amor” ou “menos dor”.
Quando alguém lhe oferece um ensinamento e você entende aquilo como lógico e verdadeiro, adotando o ensinamento e aplicando em sua vida, você aprendeu por “mais amor”, o que evita o sofrimento antes do aprendizado.
Se você não ouve o ensinamento e não aplica, então a vida se encarregará de ensiná-lo, através de sofrimento e dor, meio como escutar a mãe quando ela diz para não tocar na chaleira fervendo, pois se você acreditar e, por “mais amor” simplesmente obedecer, você não precisará passar pela dor da queimadura, mas se você não confiar e quiser experimentar, então, por “menos dor”, você aprenderá que a chaleira fervente queima e dói e nunca mais você encostará ali novamente.
No nosso caso em específico isto também é verdade e, normalmente, tempos difíceis ensinam por “menos dor”, já que sua empresa começa a enfrentar dificuldades de vários tipos e você precisa encontrar soluções para evitar sempre o pior.
Por isto o empresário brasileiro costuma ser admirado e respeitado, não exatamente pelos resultados, mas pela forma criativa como tem que “se virar” todos os dias para superar as enormes dificuldades do cenário onde atua.
Quando as ondas da crise dos tempos de guerra chegarem de verdade e caso se tornem maiores e mais impactantes, muitos encontrarão caminhos e soluções criativas fantásticas, que depois serão ensinadas em faculdades, e tudo por “menos dor”, ao se depararem com os problemas e terem que superá-los.
Talvez você seja parte do grupo de empresários mais inteligentes, que preferem aprender por “mais amor” e observam acertos e erros dos outros, para não terem que aprender através de seus próprios erros.
Neste caso, elaboramos 5 dicas básicas de como se preparar para tempos de crise decorrentes de tempos de guerra, algo útil em qualquer situação, pois se você tiver um “bunker” para se proteger e a guerra não acontecer, você pode decorá-lo e usar como sala de estar, mas se a guerra aparecer, você tem onde se proteger e se manter seguro.
1 – Controle total sobre suas operações…
O controle é a chave de toda e qualquer operação ou iniciativa de sucesso, pois tudo o que pode ser medido está sob controle, o resto está à deriva.
Mesmo que não exista guerra e mesmo que o cenário seja o melhor possível, se você não possui uma cultura de controle absoluto sobre tudo o que faz, então seu empreendimento está à deriva e tudo pode acontecer, inclusive, nada.
O ato de gerenciar nada mais é do que cumprir objetivos, atingir metas e, se gerenciar é atingir metas, gerenciar também é monitorar indicadores, pois são eles que apontam se os seus resultados esperados estão acontecendo, ou não.
São os indicadores que apontam para anomalias que interferem na conquista das metas e cabe ao gestor, ao identificar estas anomalias, eliminá-las e fazer com que o processo rode adequadamente, num ciclo virtuoso de melhoria contínua.
Os indicadores fundamentais para este gerenciamento nascem nos controles e este raciocínio lógico, que não por acaso é a base do sistema de gestão melhor sucedido no mundo, o TQC (Total Quality Control), demonstra claramente que, se você não possui uma operação completamente baseada em controles, então você não está gerenciando coisa nenhuma, seu barco está à deriva.
Em tempos de guerra ou outros desafios deste porte, ter controle total sobre tudo é oxigênio.
Os indicadores vão demonstrar a chegada das “ondas” externas e dimensionar o impacto delas em suas operações.
Os indicadores vão apresentar a urgência específica em cada demanda, para que você não seja surpreendido por vazamentos silenciosos que podem afundar sua empresa.
Os controles também apontam direção, permitem experimentações e testes, onde você pode aplicar experiências criativas e verificar em tempo real suas respostas, aplicando ajustes e encontrando os melhores caminhos.
2 – Ajuste suas contas…
Tempos de guerra costumam ser tempos de aprendizado e manter as contas de sua empresa em equilíbrio é algo fundamental a qualquer tempo, se tornando muito mais relevante quando isto acontece diante de cenários ameaçadores como os tempos de guerra.
Busque o equacionamento daquelas dívidas pendentes, pois uma das consequências de conflitos que se alastram é o aumento de taxas de juros, o que amplia de forma voraz o bolo dos passivos.
Faça negociações de seus passivos com contratos estáveis e busque índices fixos para balizadores de eventuais alterações e reajustes.
Por outro lado, busque realizar seus ativos, cobrando aquilo que está pendente por parte de seus devedores, criando condições para que estes valores estabeleçam um fluxo de entrada e não fiquem parados apoiados em desculpas.
Na medida do possível, junte reservas, reforce o caixa, aumente a poupança e evite investimentos mais ousados até perceber que o mercado global se estabilizou.
Não sabemos ao certo a dimensão dos impactos e, na dúvida, opte pela segurança.
Ajustar suas contas, além de ajudar a enfrentar tempos difíceis é algo que você precisa fazer, independente do momento.
3 – Diversificação de fornecedores…
Buscar várias opções de fornecedores de insumos para a manutenção de sua atividade é algo indispensável.
Num contexto normal, determinar parcerias mais ou menos fixas é algo fluente, mas sempre é preciso ter uma “Plano B”, algo muito mais importante em tempos de guerra.
Os países estão reconstruindo suas linhas de fornecimento dos principais insumos que têm origem na região em conflito.
A Europa busca rapidamente uma maior independência do gás e do petróleo Russo e a tendência é que isto se amplie em relação à maioria dos produtos e comodities fornecidas por aquele país, que vem se tornando pária internacional.
Sua empresa também precisa ter foco em possíveis saídas em casos de escassez e estar atenta às oportunidades em meio à crise que se avizinha, antecipando movimentos, para não ser pega de surpresa.
4 – Transparência e envolvimento das pessoas…
Uma medida indispensável é manter total transparência e informação junto às pessoas de seu time, deixando todos cientes dos movimentos que estão sendo realizados e recomendando que também fiquem alertas ao cenário, que pode mudar a qualquer momento.
Recomendar e orientar poupança ao seu pessoal, equilíbrio e controle maior em relação a gastos e investimentos, aguardando que a fumaça se esvaia e se consiga ter uma visão mais clara de todo o conjunto da situação.
Demonstrar para as pessoas que todos devem caminhar juntos numa mesma direção, prontos e preparados para adotar medidas criativas e eventualmente mais restritivas, caso o problema se agrave.
5 – Nunca parar de trabalhar…
O trabalho é a nossa maior arma de guerra…
Os movimentos irresponsáveis de um autocrata ditador vaidoso e com sede de poder acabam por desestabilizar a economia e a segurança mundial, algo que demonstra a responsabilidade dos povos em escolher seus representantes, que sirva de exemplo.
Em qualquer circunstância, mesmo em meio às cinzas, sempre será preciso trabalhar, construindo ou reconstruindo, o destino é sempre o mesmo: erguer e elevar a humanidade.
Tenha foco em seus negócios e projetos e não sofra por antecipação, agindo com inteligência e equilíbrio quando a onda chegar, superando obstáculos e desafios, como você sempre faz, e em tempos de guerra isto se torna muito mais relevante.
Tempos de guerra são ruins, são chagas da humanidade e uma demonstração inequívoca de primitivismo permanente.
Guerras nunca são boas, mas se analisarmos a história perceberemos que a humanidade sempre esteve em guerra e a tendência é que continue.
Neste momento existem 12 importantes conflitos armados acontecendo no mundo e este número costuma ser bem maior, mas sempre há alguma guerra em algum lugar e isto é uma tendência humana, já que sempre haverá um de nós perturbado e embevecido por poder e conquista.
Somos assim desde as aldeias, desde que lutávamos pelos melhores campos de caça e agricultura.
Não mudamos quase nada neste ponto e não vamos mudar.
O que deu um certo equilíbrio e paz foi exatamente a dimensão destrutiva das duas grandes guerras, que jogaram o mundo num período obscuro de autodestruição humana, envolvendo centenas de milhões de mortes e prejuízos econômicos que dariam para erguer uns 3 Planetas Terra com civilização e tudo.
O medo da autodestruição freou um pouco nossa tendência em invadir e conquistar, pois este sempre é o motivo.
Religião e conquista.
Povos querem empurrar suas crenças e ideologias para outros povos, que não aceitam e isto estabelece conflitos.
A verdade é que tempos difíceis produzem pessoas mais fortes e pessoas mais fortes produzem empresas mais sólidas, igualmente fortes e preparadas para superar desafios.
Mesmo durante e depois da guerra é preciso reconstruir e tudo começa de novo, num novo ciclo e o importante é chegar até lá, para se reerguer também, como pessoas e como negócios.
A intenção não é desenhar um cenário de tragédia, pois nosso potencial destrutivo hoje pode simplesmente acabar com o mundo e é difícil pensar que alguém queira se autodestruir e destruir o Planeta apenas para provar pontos de vista ou defender honras que sequer existem.
O ditador e autocrata russo não esperava a brava resistência ucraniana, que entrará para a história, aconteça o que acontecer.
Registros de entidades independentes apontam que os russos já perderam mais de 15 mil soldados, muito mais do que perderam nos 10 longos anos de guerra no Afeganistão.
Os soldados russos chegam ao front de batalha com uniformes rasgados, poucos recursos e nenhuma experiência, normalmente jovens, que não perdem nenhuma oportunidade de desertar, pois sabem que estão lutando contra seus irmãos, em defesa de um crápula doentio que governa uma poderosa nação.
A corrupção gigantesca praticada na Rússia, talvez só comparada mundialmente ao Brasil e México, faz com que os recursos não cheguem ao campo de batalha e isto tem abalado as forças russas que, se não fosse a falta de apoio aéreo às tropas ucranianas, já teriam sido expulsos vergonhosamente do território invadido.
A tendência é que isto ocorra, pois a tática de guerrilha dos ucranianos tem sido inclemente com os invasores, os fazendo recuar em vários pontos, retomando vários lugares e se desenha uma fragorosa derrota da poderosa Rússia contra uma nação menor e com muito menos recursos.
Isto ainda pode levar tempo e não estamos livres de que um louco acuado, como o ditador Russo, abra outras frentes de batalha, utilizando armas de destruição em massa, como as químicas e até nucleares, o que elevaria o conflito a um patamar mundial, e daí a coisa se agrava muito mais e de forma muito mais rápida.
Os líderes mundiais nunca estiveram tão unidos numa causa como estão agora, enfrentando da forma possível o doentio ditador russo, com sanções que simplesmente excluem a Rússia do Planeta.
Até seus aliados estão constrangidos com a “barbeiragem” geopolítica praticada pelos incompetentes liderados pelo terrorista que comanda a Rússia.
A China começa a ceder e, quando isto ocorrer, a tendência é que busquem uma “saída honrosa” para que o ditador russo retire suas tropas e a guerra acabe.
Uma possibilidade de golpe interno com a derrubada do facínora também ganha força, já que todo o alto comando do país é estabelecido para enriquecer castas e isto não acontece quando não há circulação internacional de dinheiro.
Nos resta esperar, mas conscientes de que precisamos ficar atentos a todos os movimentos, independente de nossas próprias posições políticas em relação ao conflito, a verdade é que nosso objetivo deve ser o final da guerra o mais rapidamente possível, para que a nossa luta cotidiana, que já é difícil em tempos normais, não tenha que se tornar mais difícil ainda em tempos de guerra.